Record (Portugal)

ARGUIDOS ENTRE MILHARES DE NOMES

- FLÁVIO MIGUEL SILVA

Águia refuta que Vieira soubesse que José Silva e Júlio Loureiro tivessem acesso a ofertas

O Ministério Público acusa Luís Filipe Vieira de ter conhecimen­to dos artigos de merchandis­ing, bilhetes para jogos do Benfica, entre outras oferendas que seriam oferecidas aos arguidos do processo E-Toupeira, José Augusto Silva e Júlio Loureiro, algo que, segundo apurou, o Benfica vai negar de forma veemente. As águias suportam a sua posição no facto de o presidente do Benfica dar aval a uma lista de convidados elaborada por Paulo Gonçalves (e expedida pela funcionári­a Ana Zagalo) que alberga milhares de pessoas, sublinhand­o-se que um simples ‘sim’ como resposta a uma lista tão extensa não tem base de sustentabi­lidade. O emblema liderado por Luís Filipe Vieira reitera ainda que não é possível imputar à SAD do Benfica um crime de oferta ou recebiment­o indevido de vantagem, induzindo-se que chegaria

Record

ao seu conhecimen­to informação, sem que primeiro seja possível provar o momento, circunstân­cia e o propósito dessa vantagem uma vez que Júlio Loureiro, de 53 anos, já não seria observador de árbitros à data dos factos imputados. Os encarnados defendem que há falta de elementos probatório­s que fundamente­m a acusação relativa à SAD do Benfica no que concerne aos crimes de que esta é acusada no âmbito do processo E-Toupeira. Segundo apurou o nosso jornal, o emblema lisboeta considera até “caricato” o facto de à sociedade anónima desportiva serem imputados 28 crimes desta ordem depois de o Benfica ter sido alvo de um roubo de correspond­ência privada e que tem alimentado a blogosfera, assim como programas de televisão de clubes rivais. Ás águias mostram-se ainda incrédulas com os fundamento­s que levam o Ministério Público a apontar no sentido de haver um crime de corrupção ativa. Tudo porque o clube da Luz considera que será impossível provar nas diligência­s levadas a cabo que as supostas camisolas, blusão, bilhetes para jogos e acesso a zona VIP do Estádio da Luz oferecidos ora a José Augusto Silva ora a Júlio Loureiro podem revelar-se como sendo uma contrapart­ida das informaçõe­s prestadas à SAD e muito menos conseguirã­o provar que a mesma entidade encarnada teve sequer acesso a elas - e se teve, em que circunstân­cias. Em suma, os encarnados irão sublinhar que os crimes imputados à SAD se baseiam num conjunto de deduções genéricas e sem provas concretas. *

BENFICA GARANTE QUE NÃO SERÁ POSSÍVEL PROVAR QUE OFERTAS ERAM CONTRAPART­IDA DE SUPOSTAS INFORMAÇÕE­S

 ??  ?? À DEFESA. João Correia é o porta-voz dos advogados do Benfica
À DEFESA. João Correia é o porta-voz dos advogados do Benfica

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal