FPF ABRIU INQUÉRITO APÓS ACUSAÇÕES
Processo enviado à Comissão de Instrutores da Liga surge com base em comunicado da PGDL
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, presidido por José Manuel Meirim, abriu ontem um processo de inquérito na sequência das acusações imputadas pelo Ministério Público à SAD do Benfica no âmbito do E-Toupeira. Tal só acontece porque as ações de Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD das águias, são suscetíveis de afetar a verdade, lealdade e correção da competição e do seu resultado na atividade desportiva.
A CI DA LIGA PODERÁ AGORA OUVIR TESTEMUNHAS, PODENDO SER ABERTO ENTÃO UM PROCESSO DISCIPLINAR
Em comunicado, a instância documentou que o processo foi levantado com “base em comunicado de autoridade judiciária e notícias na comunicação social”, isto depois de a ProcuradoriaGeral Distrital de Lisboa ter oficializado no dia anterior as acusações, tanto à Benfica SAD como a Paulo Gonçalves, assessor jurí- dico da sociedade encarnada, assim como aos funcionários judiciais Júlio Loureiro e José Augusto Silva.
O processo estará agora sob a alçada da Comissão de Instrutores da Liga, que voltará a devolvê-lo ao CD da FPF depois da averiguação, “mantendo-se em segredo até ao fim do inquérito”, como é explícito na nota publicada. O órgão presidido por Cláudia Viana pode agora auscultar testemunhas, chamando-as a depor. Mais tarde, se assim fosse entendido, os órgãos que gerem o futebol nacional poderiam constituir-se como assistentes do processo na Justiça civil, algo que é desde já garantido que não acontecerá, sabendo-se também que a conclusão deste inquérito só será conhecida após transitar em julgado o processo nos tribunais civis.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que é aberto um processo de inquérito a envolver o Benfica. Em junho de 2017, o CD de FPF fê-lo após ter conhecimento do processo dos emails ; já este ano outro foi aberto em relação ao Mala Ciao. *