Médio com classe
Estádio da Luz voltou a presenciar uma exibição agradável da Seleção portuguesa comandada por Fernando Santos, desta feita numa partida de cariz oficial, a contar para a recém-criada Liga das Nações. Portugal manteve a sua organização defensiva assente no 4x1x4x1, com Rúben Neves entre a linha defensiva e média, e André Silva como jogador mais adiantado. Abasculação de Rúben Neves foi determinante para o controlo do espaço entre as
JOGADOR DO WOLVES MOVEU-SE A TODA A LARGURA DO CAMPO, COLOCANDO-SE SEMPRE ENTRE A BOLA E A BALIZA
duas linhas de quatro. O jogador do Wolves, moveu-se a toda a largura do campo, colocando-se sempre entre a bola e a baliza, fechando o caminho dos italianos para o corredor central português, e mesmo quando os interiores se afastaram da linha defensiva, aumentando o espaço entre os dois sectores, Rúben assegurou a ligação e coordenação entre diferentes linhas. [ 1] Controlou e minimizou as entradas de Itália por dentro da estrutura, encaminhando os ataques transalpinos para o corredor lateral, e quando chegou a hora de defender os cruzamentos, o posicionamento e as abordagens aéreas da defensiva portuguesa foram sempre exemplares. O central do lado da bola protegeu primeiro poste, o central do lado oposto, manteve distância curta para o colega de sector e protegeu centro da baliza, enquanto o lateral do lado oposto garantiu a prote- ção ao segundo poste. [ 2] Também no momento de transição ofensiva emergiu Rúben Neves pela forma veloz como interpretou cada lance, e garantiu pelos seus movimentos e posicionamentos que a Itália não conseguisse sair com perigo. Identificou ponto de possível saída dos transalpinos para contra-ataque, e saiu sempre agressivo, a encostar no adversário, e ora ‘matou’ as jogadas italianas com faltas úteis, ora roubou a posse e acelerou a transição ofensiva portuguesa.[ 3] Foi precisamente após roubar a posse e acelerar em direção à baliza adversária em ataque rápido que Portugal provocou os maiores danos na equipa de Mancini. Acondução rápida de Bruma e Bernardo Silva, quando com espaço, desequilibrou a defensiva italiana e permitiu a Portugal chegar à finalização por diversas ocasiões.
Pelo que criou em quantidade e qualidade, esta vitória da Seleção Nacional sobre a Itália não sofre contestação.