Record (Portugal)

“Não se desiste assim de um jogador”

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“[FREDERICO VARANDAS] TEM PERFIL IDEAL. VIVE O SPORTING COMO POUCOS. DIGO ISTO POR TER CONVIVIDO COM ELE”

Fez toda a formação no Sporting. Como foi viver 12 anos ligado a um clube?

CP –Ser formado num grande clube dá-nos requisitos para sermos bons jogadores. Por uma ou outra razão, não consegui chegar à equipa principal. Também tive a lesão no joelho na transição de júnior para sénior e o Sporting não espera, um clube que luta todos os anos para ser campeão, que contrata muito. Vejo a minha passagem pelo Sporting como positiva a nível de formação de jogador.

O que recorda do Sporting destes anos todos?

CP – O momento mais bonito foi quando fiz a pré-época com a equipa principal, com o Leonardo Jardim. Estava tudo encaminhad­o para ter um bom início de carreira. Mas foi nessa época, em março, que tive a lesão. Fui operado ao ligamento cruzado. Depois estive seis meses parado. Falhei o Mundial sub-20 e aí foi um passo para o lado e que me atrasou a chegar à 1ª Liga.

Acha que merecia uma oportunida­de no Sporting? CP – Tenho carinho pelo clube, até porque sou sportingui­sta. Acho que a minha situação foi mal gerida e claramente merecia uma oportunida­de. Não se desiste assim de um jogador de um ano para o outro. Daí ter tomado a decisão de sair.

Frederico Varandas foi eleito presidente do Sporting. É a pessoa certa para o cargo?

CP – Na altura que fiz a préépoca, ele era o médico. Acho que tem o perfil ideal e vai conseguir fazer um bom trabalho. É um ótimo profission­al e uma ótima pessoa. Vive o Sporting como poucos. Digo isto por já ter convivido com ele.

Como é que vocês, jogadores da formação, olharam para as agressões em Alcochete? CP – Eu estava na Academia, embora no posto médico. Não vi ninguém a passar, mas os meus colegas contaram-me o que se passou. É público e sabe-se que não foi um momento fácil. *

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