Novas exigências
Pela experiência enquanto jogador e treinador, sempre dedicámos algum tempo a questões centradas no jogo e aos fatores que são tradicionalmente considerados decisivos no rendimento (Táticos, Técnicos, Psicológicos e Físicos), tendo como painel de fundo a paixão pelo Treino. Estes fatores continuam a ser importantes mas há outros que condicionam o rendimento, como se vê pela necessidade dos treinadores possuírem uma visão do treino como um universo que cada vez mais se integra em cenários macro, sem os quais não é possível agir com eficiência e eficácia.
Temos anoção de que os treinadores devem saber fazer a gestão do caos. Isto é a competência máxima de qualquer treinador que se debate entre o risco da desintegração do grupo de trabalho, a possibilidade da inércia da equipa e a necessidade de surpreender o adversário. Atualmente, assistimos a algumas transformações organizacionais, na estrutura das organizações do futebol, com o objetivo de potenciar a produtividade e a rentabilidade. Entre algumas das transformações verificadas, surge o reconhecimento das associações de treinadores na estrutura das organizações do futebol, como sinal evidente das alterações operadas para enfrentar os desafios do futuro, no âmbito do futebol profissional, com exceção da UEFA.
As exigências que se colocam aos treinadores numa organização de futebol são diferentes das que se colocaram no passado. Estas mudanças significativas têm implementado um conjunto de adaptações na forma de agir e dirigir as atuais organizações do futebol por parte dos treinadores. Isto é, as competências necessárias são mais sofisticadas, mais exigentes, mais abrangentes, mais complexas, menos estereotipadas, menos controláveis, menos duradouras e necessitam de um maior conhecimento e apoio das estruturas associativas, para bem da classe. Razões para se afirmar que só a mudança é que não muda…