Record (Portugal)

“Um árbitro com pouco caráter...”

- JOSÉ MIGUEL MACHADO

Técnico apresentou a sua versão dos factos e garantiu nada de mal ter dito para ser expulso por Vítor Ferreira. Sobre o jogo, lamentou a falta de eficácia da sua equipa, perante um Chaves “com constante antijogo”

Saiu mais cedo para o balneário e acabou por não voltar para a 2.ª parte. Pode explicar o que se passou para ser expulso?

– A minha expulsão tem a ver com a 1ª parte do jogo. Tivemos muito pouco tempo útil. Os pontapés de baliza do Chaves demoravam 15, 20 segundos, as reposições também... E por isso é que fui embora mais cedo. No túnel, o árbitro entrou e eu disse-lhe que o tempo útil de jogo era muito curto. Obviamente falei num tom mais exaltado, isto à frente de 10, 12, 15 pessoas. Um árbitro com pouca confiança, pouca personalid­ade, pouco caráter e até algum receio, pareceu-me, sempre pouco seguro no que fazia. Essa expulsão teve a ver com isso, com essa forma de estar dele. Foi isso que se passou à frente de seguranças, GNR, pessoas que podem testemunha­r o que disse. Antes de vir para aqui vi um ex-árbitro dizer que não se pode ser expulso só porque sim, mas foi exatamente isto que se passou. E há testemunha­s.

– Lê este resultado como a produção acima da média do Chaves ou foi o FC Porto que sentiu falta de alguns dos habituais titulares?

– Houve alguma ineficácia da nossa parte, sem dúvida alguma. Na 1ª parte faltou alguma velocidade e alertámos para isso ao intervalo, de forma a criar ainda mais dificuldad­es ao nosso adversário. Criámos oportunida­des, não fizemos um jogo espetacula­r, mas merecíamos ganhar. É uma competição que todos levam muito a sério e eu quero ganhá-la! No ano passado caímos na meia-final, nos penáltis, e este ano queremos chegar mais longe. Agora, temos de ter intervenie­ntes que contribuam para o espetáculo. Penso que a Liga apresentou lucro no fim do ano: já que andamos com a moda do VAR, acho que o VAR faz bem ao futebol e hoje [ontem] com VAR tínhamos ganho de forma confortáve­l.

– Alguns clubes têm sido castigados com jogos à porta fechada devido aos adeptos. Como analisa essa questão?

– É de realçar o facto de que as pessoas tenham estado presentes, comprova que valorizam a competição. O público esteve com a equipa e esta empatia criada, este envolvimen­to, é importante. Poderíamos e deveríamos ter feito um pouco mais. É certo que o adversário veio com o intuito de perder tempo, com constante antijogo. E o árbitro sempre a deixar andar, foi isso que provocou a minha irritação. Quanto a esses castigos não tenho nada a ver, não é da minha conta. *

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