Assim não resiste

FC Porto empatou em casa com o Chaves (histórico!) no arranque da Allianz Cup. Natural a frustração dos dragões, que ficaram azuis... de raiva. Têm os portistas razão de queixa pela complacência do árbitro face ao antijogo do adversário e por dois penáltis que ficaram por marcar. Mas aí também o Chaves se pode queixar e... em igual número de situações.

Com vídeo-árbitro certamente as coisas seriam diferentes. Mas foi apenas com o olhar humano e sem recurso à tecnologia que as decisões foram tomadas. Vítor Ferreira é um jovem árbitro (30 anos) que está a cumprir a segunda época na 1.ª categoria e chegou a este jogo no Dragão com 9 desafios entre equipas da 1.ª Liga. Não estaria habilitado para um desafio desta exigência? Seguramente não era essa a convicção do Conselho de Arbitragem, que pretende dar rodagem aos árbitros que tem no seu ‘plantel’. Sérgio Conceição, por exemplo, apostou em Adrián López e não correu bem. Por isso o substituiu. Se Fontelas Gomes pudesse fazer o mesmo...

Vítor Bruno, adjunto de Conceição, fez uma análise perfeita na ‘flash interview’ que subscrevo: para engrandecer esta prova é preciso dotá-la dos meios e recursos que defendam o seu prestígio. O público, ontem, não faltou, mas devia ter aparecido mais competência. A todos os níveis. A continuar assim, não resiste.