“Até ao balneário há quatro portas”
Satisfeito pela vitória, embora admitindo que a equipa não apresentou as rotinas habituais, o técnico garantiu que as polémicas em torno do clube não afetam os jogadores e elogiou-os por se abstraírem do contexto
Apesar da vitória, sente que faltaram rotinas àequipa?
– Este jogo teve um contexto muito específico, pois seguiu-se a uma paragem. Mas esta também é uma competição para darmos minutos a outros jogadores e, por isso, acaba por ser natural não haver todas as dinâmicas que se conseguem a jogar de três em três dias e com a mesma equipa. Houve jogadores ainda a adaptar-se ao fuso horário, sem terem contacto com os colegas há vários dias, por isso faltou o que por norma falta a quem entra nestes jogos assim.
–Este jogo tambémfoiimportante paradescansar alguns jogadores? – Tivemos o Fejsa, o Ferreyra e o Grimaldo com algumas limitações. Não valia a pena correr riscos e não há qualquer problema, bem pelo contrário, de dar minutos a alguns jogadores. A Taça da Liga também serve para isso. Não diria que os fizemos descansar, mas sim que não quisemos correr riscos.
– Nesta altura o Benfica vê-se envolvido emváriosprocessos,como oE-Toupeiraouaquestãodojogoà porta fechada. Face a tudo o que já aconteceu antes, sente-se mais preparado parablindar o grupo? – Este já é o meu quarto ano... Somos seres humanos, temos olhos, ouvidos e cabeça para pensar. Percebemos o contexto que nos envolve, mas isso também nos dá a capacidade de sermos inteligentes a lidar com a situação. Até ao nosso balneário, com as obras que houve, há três ou quatro portas para lá chegar. Desse ponto de vista estamos blindados. Devo dizer que agosto foi muito bem disputado por nós em todas as provas. Quem está desse lado não sabe o que é jogar de três em três dias, ter de dar essa respostas. Os meus jogadores têm percebido tudo. Somos seres hu- manos, mas tenho jogadores de enorme capacidade mental e temos sabido lidar com o que nos rodeia. Isso vem de há três anos. –Mas teme jogaràportafechada? – Não vou estar aqui a falar de pressupostos... A minha área é preparar a equipa e gerir os jogadores de todos os pontos de vista. Quando houver decisões, falarei.
– O Salvio está em grande forma e acaba contrato já em 2019. Teme perdê-lo?
– Não entramos aqui em questões particulares, de entradas, saídas ou renovações. Quem dirige, tem a sensibilidade de perceber os ‘timings’ das coisas. Não estou nada preocupado. O grupo é vasto em qualidade e alguns esperam apenas uma oportunidade. *