SEM PÚBLICO NEM GOLOS E COM RELAÇÕES CORTADAS
Ausência de público tirou emoção a um jogo em que a diferença de escalões nãosefeznotar
pode dizer-se que o duelo entre P. Ferreira e Aves foi um espetáculo. Faltaram dois dos principais fatores que contribuem para que o futebol seja um sucesso: golos e… público! As bancadas vazias do Estádio Capital do Móvel tornaram o jogo, à partida, diferente. Um contexto a que os jogadores não estão habituados e que beliscou a qualidade do desafio. O Paços assumiu o controlo das operações ao longo do encontro, perante um Aves organizado do ponto de vista defensivo e com capacidade para explorar o contragolpe. Nada de surpreendente, no seguimento do que têm feito ambas as formações nesta época. A turma da casa passou mais tempo no meio-campo contrário, beneficiando de um miolo trabalhador com a experiência de Luiz Carlos e a consistência de Diaby, mas isso não se traduziu num grande volume de oportunidades claras de golo. Faltou melhor definição no último terço para dar se- quência aos desequilíbrios provocados pelos corredores. Ao mesmo tempo era difícil para os castores furarem a coesão defensiva que tem caracterizado a equipa de José Mota – em último caso estava lá o guardião André Ferreira para afastar o perigo. O Aves procurou explorar as transições rápidas e algumas perdas de bola do adversário. A visão de jogo de Vítor Gomes foi importante na abertura de espaços que permitiram a Mama Baldé e Nildo – viu um golo ser-lhe anulado – agitar as águas a partir dos flancos. O Aves esteve muito perto da vitória, com dois remates do meio da rua, um de Vítor Gomes e outro de El Adoua, a embater na trave. Foram dois planos de jogo distintos num duelo entre uma equipa da 1ª e outra da 2ª da Liga. Mas essa diferença não se fez notar. *
CASTORES COM MAIS INICIATIVA AO LONGO DO JOGO E ALGUMAS AMEAÇAS, ENQUANTO O AVES ATIROU DUAS VEZES À TRAVE