BRUNO E GODINHO RECLAMAM DIGNIDADE
Antigo presidente e ex-vogal da direção só desistem da via judicial mediante acordo
Bruno de Carvalho admite desistir da via judicial, nomeadamente da impugnação das eleições, se existir recetividade nos novos órgãos sociais do Sporting para negociar um acordo que lhe permita, a si e a Alexandre Godinho, reparar alegados danos, pessoais e profissionais. O antigo presidente dos leões, em comunicado conjunto com o ex-vogal do Conselho Diretivo, mostra-se disponível para, “com a dignidade reposta, obter os necessários consensos em prol dos superiores interesses do Sporting CP e da união de todos os sócios” mas acrescenta que, enquanto isso não acontecer, terá de prosseguir com as ações em curso na Justiça. Ou seja, BdC gostaria de procurar uma solução negociada mas só o fará se sentir que essa vontade é recíproca e que há no Sporting um desejo de evitar que o conflito se arraste nos tribunais.
Bruno entende que a providência cautelar lhe deu razão ao apontar a “ilegalidade/extemporaneidade de qualquer ato eleitoral antes de decididas as questões disciplinares” internas, isto é, a questão da suspensão de sócio. “Nada foi capaz de evitar que as eleições acontecessem”, constatam Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho, para quem o argumento de terem votado 22.400 sócios não pode ser invocado como motivo para que am- bos abdiquem das respetiva defesa. “Não obstante muitos associados terem, em consciência, decidido não participar, milhares de outros votaram – facto que
DESTITUÍDOS DA CONDIÇÃO DE SÓCIO, QUEREM PERCEBER COMO FREDERICO VARANDAS VAI LIDAR COM ESTE DOSSIÊ
lamentamos mas respeitamos”, começam por referir. “Os nossos advogados alertam-nos de que estamos juridicamente vinculados a impugnar todos os atos que decorram ou sejam tomados na sequência das ilegalidades cometidas, sob pena de impossibilitar a nossa defesa da honra, e da condição de sócios de pleno direito do Sporting CP”, acrescentam.
BdC e Godinho vão mais longe, sem esquecer um recado a Frederico Varandas. “Não podemos abandonar a defesa da nossa honra e da nossa dignidade, nem podemos tolerar que ilegalidades se traduzam na humilhação e na degradação irreparável da nossa imagem pública, da nossa dignidade humana e da nossa qualidade profissional. Não podemos desistir da ‘guerra’ jurídica relativa à farsa da destituição e à farsa eleitoral que se encontra consumada, especialmente por ainda nada se saber sobre a intenção e solução que esta nova direção tenciona implementar”, lembram. *