“Jogo consistente, não brilhante”
Treinador reconheceu lapsos individuais na jogada do golo sofrido, mas sublinhou comportamento da sua equipa. Diz que o dragão assumiu o jogo e que o mínimo nesta prova é passar aos oitavos-de-final
Que análise faz ao jogo?
– Estávamos preparados para os pontos fortes do Schalke, para esse futebol direto difícil de contrariar. Estou feliz com a consistência defensiva no jogo. Entrámos atentos, sabíamos da capacidade do adversário em sair rápido. Há um penálti falhado da nossa parte. O Schalke, durante o jogo todo, teve só dois remates à baliza, não criou grande perigo. Fê-lo por um ou outro erro individual que habitualmente não cometemos. Na 2ª parte tivemos mais bola do que o adversário, em sua casa, e cada vez que tentámos ligar o jogo conseguimos chegar com critério e perigo ao último terço. Sofremos o golo com dois erros individuais nessa jogada e depois fomos atrás do empate. Conseguimos. Pelo que se passou, a haver um vencedor tinha de ser a nossa equipa. Foi um jogo consistente, mas não brilhante.
–Porque pensou a equipa daquela forma, semSérgio Oliveira?
- Jogámos em 4x3x3, com um pivô defensivo, o Danilo, a estar próximo do futebol direto do adversário, e com dois médios interiores e dois alas abertos. Preparei a equipa desta forma pensando em ganhar o jogo. Isso do Sérgio Oliveira jogar ou não, Otávio jogar ou não... É a estratégia para o jogo. Precisava, se calhar, de um pouco mais de criatividade no início dos ataques e pensei que o Otávio seria importante. – O Danilo disse que a equipa entrou nervosa. Concorda?
– Não vi a equipa nervosa, vi a equipa a assumir o jogo. Se calhar o Danilo, por não jogar há alguns meses... se calhar podia ser dele estar ansioso. Mas aproveito para felicitá-lo, esteve cinco meses parado e fez um jogo fantástico. Felicito o Militão pelo primeiro jogo na Champions. Felicito a equipa toda. O futuro próximo do FC Porto é risonho e vão ver-nos no andamento que tivemos no ano passado. Alguns jogadores é que ainda não estão no andamento que queremos. – Há margem para o FC Porto ir além dos oitavos-de-final? O Iker falou do sonho e vencer aprova... - Faz bem em sonhar, somos livres de sonhar... Este patamar de Champions é difícil, reservado para um grupo de equipas de que sabemos qual é o potencial, até financeiro... Importante é ver a equipa a crescer no que vimos que não estávamos a fazer em relação ao ano passado. Fizemos ‘oitavos’ na última época, a obrigação é pensar assim: para um clube com o FC Porto, o mínimo é passar esta fase de grupos.