“Fiz um golo magnífico ao ‘picar’ sobre o Baía”
Chiquinho Conde bisou com o FC Porto em 1994, ajudando à recuperação de 0-3 para 3-3
Aos 34 minutos, o V. Setúbal perdia por 3-0, mas no final, após uma recuperação épica, alcançou um empate a três golos. E não estamos a falar do jogo de domingo em que a equipa de Lito Vidigal anulou uma desvantagem de três golos com o Nacional, em compromisso da Allianz Cup, mas sim de um duelo disputado a 24 de março de 1994, entre o Vitória e o FC Porto, equipas que se reencontram sábado no Bonfim.
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Chiquinho Conde, atual treinador dos sub-23 do Vitória, foi a figura de uma partida que começou mal, lembra a “Estávamos apreensivos porque o FC Porto entrou forte e conseguiu, com extrema facilidade, fazer três golos [Drulovic, aos 2 minutos, e Kostadinov, 7’ e 34’]. Olhávamos uns para os outros e parecia-nos impossível recuperar até que tive a felicidade de marcar perto do intervalo, o que acabou por despertar a equipa”, recorda. O ex-avançado, de 52 anos, que
Record.
esteve envolvido em todos os golos desse 3-3 com sabor a vitória, relata o sucedido após o intervalo. “Entrámos motivados. Surgiu o penálti sobre mim e o Paulo Gomes fez o 2-3. Depois, após passe de Rui Esteves, marquei um golo magnífico ao ‘picar’ a bola sobre o Vítor Baía. Foi um dos melhores da minha carreira. Ainda podíamos ter feito o 4-3, mas já não conseguimos”, refere. Chiquinho Conde acredita que a história podia ter sido diferente. “Com o Yekini, que uma semana antes tinha ido para a seleção da Nigéria preparar-se para o Mundial’1994, podíamos ter vencido. Éramos muito mais fortes com ele. Tinha uma capacidade de finalização fantástica. Já tínhamos ganho ao Benfica, por 5-2, com ele e o Sérgio Araújo. Formávamos um trio de ataque fantástico”, frisa. *