Record (Portugal)

SANDRO CONSTRÓI ONZE PARA VENCER

- MIGUEL AMARO

Diretor-geral do futebol do V. Setúbal gastou apenas 27,85 milhões numa equipa fortíssima

Sandro tem 41 anos e toda a vida dedicada ao futebol. O diretor-geral do Vitória de Setúbal começou a jogar com 10 anos e nunca mais se afastou da bola. Formou-se no clube sadino, represento­u Portugal nos escalões de formação mas acabou por optar pela Seleção de Cabo Verde, por ter dupla nacionalid­ade. Foi contratado pelo FC Porto mas não chegou a jogar pelos dragões a nível oficial. Esteve na liga espanhola e na Turquia, antes de regressar ao seu Vitória. Depois de acabar a carreira, treinou as camadas jovens dos vitorianos e o Alcacerens­e, antes de voltar ao Bonfim para desempenha­r as atuais funções. Com um currículo destes, pode dizerse que o futebol não tem segredos para Sandro e o antigo médio provou-o quando escolheu um onze para a Liga

Record.

“Não vou escolher apenas jogadores do Vitória mas vou fazer um onze com um orçamento baixo mas muito forte, como no Vitória... quando jogo é sempre para ganhar”, avisou, antes de justificar a primeira escolha: “Na baliza nem penso duas vezes, entra o Joel Pereira, de caras.” O quarteto defensivo tam- bém não foi difícil de escolher. “Vou poupar agora para depois ter orçamento para os melhores ponta-de-lança ou para goleadores. Por isso, na direita, o Mano, não está caro e é um jogador regular, cumpre sempre”, explicou, depois de selecionar o segundo jogador do Vitória em apenas duas escolhas. “Centrais: Zainadine, do Marítimo, e o Maras, do Chaves. Na esquerda vou gastar um pouco mais e coloco o Grimaldo”, fechando assim o sector defensivo.

No centro do campo, o antigo médio começou a investir a sério: “Mais recuado fica o Osama Rashid, do Santa Clara, começou muito bem a Liga. Depois, dois craques, mais caros mas goleadores: Bruno Fernandes e Pizzi. Ficou fortíssimo este trio.” Faltavam só os homens da frente e Sandro não gastou muito mais pois já tinha os eleitos na mente: “Na direita mais um jogador do Vitória, o Berto. O ponta-delança fica o Dyego Sousa, marca muitos golos e está com um preço bom. No outro lado colocou um dos meus preferidos, com escola no Vitória, Ricardo Horta. Podia escolher o Zequinha, tem estado bem, mas depois tinha de o aturar a época inteira a falar disto”, rematou em jeito de brincadeir­a. *

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