Record (Portugal)

DUELO DE HISTÓRICOS

- NUNO MARTINS

Rui Vitória e José Mota são, de entre os 18 do quadro atual, os técnicos com mais jogos na Liga

O encontro entre o Benfica e o Aves, amanhã, na Luz, encerra um duelo particular: o dos treinadore­s com mais jogos na Liga. José Mota (383) e Rui Vitória (261) são, de entre os 18 que estão à frente das equipas concorrent­es ao principal campeonato português, os técnicos com mais presenças. O treinador nascido em Paredes e o ribatejano são, inclusive, os únicos que já ultrapassa­ram os 200 jogos. Aliás, José Mota pode ultrapassa­r a barreira dos 400 esta temporada, ao passo que Rui Vitória ficará próximo dos 300.

O BENFIQUIST­A LEVA VANTAGEM: GANHOU QUATRO DOS OITO ENCONTROS COM O AVES, EMPATOU DOIS E PERDEU DOIS

Bem atrás desta dupla surge o portista Sérgio Conceição, com 166 desafios, seguido do sportingui­sta José Peseiro, com 148. O coruchense até se estreou em 2002/03, pelo Nacional, muito antes de Vitória, mas andou algumas épocas noutras paragens, além de que outras passagens na Liga são incompleta­s.

Origens comuns

Hoje em equipas com ambições diferentes, Mota e Vitória têm origens comuns: ambos começaram no Paços de Ferreira. O primeiro assumiu o comando técnico quando rendeu Henrique Calisto, de quem era adjunto, em 1999/00, estavam os castores na 2ª Liga. “Em 14 jogos, vencemos 12 e empatámos 2”, lembra Fernando Sequeira, então presidente-adjunto do Paços, que viria a ser líder diretivo com Mota. O técnico trans- formou uma equipa que lutava para não descer numa formação campeã, garantindo a subida. Apesar de alguma resistênci­a interna, o antigo lateral-esquerdo manteve-se no cargo e iniciou o percurso no escalão principal de forma fulgurante: em casa, empatou a zero com Benfica e Sporting e derrotou (1-0) o FC Porto; fora, ganhou na Luz (3-2) e em Alvalade (3-1).

Mota deixou o Paços de Ferreira em 2008/09. Em 2010/11, chegaria o antigo defesa-central, Vitória. Sequeira já tinha deixado a Direção dos pacenses, transitand­o para a Mesa da Assembleia Geral. Carlos Barbosa foi o presidente que o levou para a Capital do Mó- vel, mas Vitória já estava a ser seguido desde os tempos de Sequeira. “No Paços, tínhamos de apostar em treinadore­s ambiciosos, que se destacavam nas divisões inferiores. Rui Vitória fez um grande trabalho no Fátima, eliminando o FC Porto da Taça da Liga. Ia de Lisboa a Fátima todos os dias, mostrando grande dedicação e sacrifício.” Na estreia na 1ª Liga, bateu o Sporting, por 1-0, em casa.

Que ganhem os dois

Sequeira fala de “dois grande profission­ais, competente­s, disciplina­dos e disciplina­dores”, antevendo “luta desigual”, pois estão em “patamares diferentes”. “Que ganhem os dois! Esta era a mensa- gem que gostava de lhes enviar.” Vitória leva vantagem. Em oito jogos, ganhou quatro, empatou dois e perdeu dois. *

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EXPERIENTE­S. Vitória e Mota voltam a medir forças
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