Auditoria é arma face a inquérito-crime
GUERRA ENTRE SAD E JOÃO GOMES
O Ministério Público abriu um inquérito-crime para investigar a suposta existência de um saco azul na SAD do Sp. Braga. Em paralelo, foram levantadas suspeitas à volta de comissões pagas, utilização de um bruxo e favores a políticos. São episódios da guerra em curso entre a sociedade arsenalista e o antigo diretor-geral, João Gomes, que tem causado danos de parte a parte.
A principal arma de António Salvador face às acusações de que foi alvo é a auditoria externa que decidiu promover aos três últimos exercícios da SAD, a cargo da Deloitte, “e que tem sido acompanhada por três elementos do Conselho Geral, que é um órgão consultivo e autónomo da direção”, especificou o Sp. Braga, em comunicado, reagindo à manchete matinal que dava conta da entrada em cena da justiça.
A SAD salienta, todavia, que por sua iniciativa “apresentou uma queixa-crime, ao Ministério Público”, contra João Gomes. Isto porque continua a ser defendido que o antigo responsável tentou fazer chantagem, sendo o despedimento uma consequência desses seus atos. “A essa queixa-crime a SAD apensou a listagem dos factos falsos e infundados que constam da tentativa de extorsão de João Gomes a esta sociedade, pelo que o Ministério Público tem em sua posse, desde o início de julho e por iniciativa do Sp. Braga, tal documentação”, pode ler-se ainda no comunicado.
O conflito laboral com o antigo diretor-geral começará a ser dirimido a 1 de outubro. Entretanto, diz a SAD, “é claro (...) que a estratégia (...) passará por disputar no campo mediático aquilo que não tem sustentação na esfera jurídica, tendo como único propósito a intoxicação da opinião pública”. *