O elo mais fraco
Campeão grego em 2017/18, o AEK sofreu golos (7) em todos os jogos (5) europeus que disputou em 2018/19. Além disso, baqueou de forma pungente nas duas partidas de maior grau de dificuldade nesta temporada, ao ser inapelavelmente batido por Ajax (0-3) e PAOK (0-2). Algo que atesta a ideia que a equipa comandada por Ouzounidis é um furacão bipolar, capaz de alternar momentos de enorme agressividade ofensiva e defensiva com erros garrafais no processo defensivo e de total descontrolo emocional-disciplinar (4 expulsões nos 4 jogos das pré-eliminatórias).
EQUIPA-TIPO
Dúvidas. Privados de Livaja, principal referência do conjunto, e de Hélder Lopes, como também do avançado argentino Boyé, o
AEK pretende recuperar Klonalidis para amanhã. Caso não aconteça, Ouzounidis poderá ser obrigado a abdicar da habitual organização estrutural em 4x4x1x1/4x4x2, para reforçar o sector intermediário com mais uma unidade, aproximando-se do 4x2x3x1/4x1x4x1. Aí, face às dúvidas em relação à condição física de Alef, a opção mais natural poderá ser a titularidade de Rodrigo Galo como médio-ala-direito, deslocando Bakasetas ou Mantalos para o espaço interior. A inconsistência da zona central do sector defensivo tem sido outra dor de cabeça para o técnico, que no último jogo lançou Chygrynskiy e Cosic.
Forças. O AEK costuma assumir uma construção a três, o que conduz à projeção ofensiva de ambos os laterais, que oferecerem largura e profundidade sobre o corredor; e à busca do espaço interior por parte dos médios-alas. Apesar de existir uma maior tendência por perscrutar o jogo exterior, em busca de cruzamentos de Bakakis e Hult, os gregos revelam capacidade para estabelecer um futebol mais combinativo pelo corredor central, buscando a presença nas entre linhas de Bakasetas, Mantalos e Klonalidis. Os lances de bola parada são outra das armas do AEK. Tem bons marcadores de livres diretos – Rodrigo Galo, Mantalos e Bakasetas – e apresenta um conjunto interessante de jogadas estudadas nos cantos e livres laterais.
O ADVERSÁRIO DAS ÁGUIAS É CAPAZ DE ALTERNAR ENTRE FORTE AGRESSIVIDADE E ERROS GARRAFAIS
Múltiplas tibiezas. O processo defensivo do AEK patenteia múltiplas tibiezas. Em or- ganização, a equipa tende a definir três linhas (4-4-2), mas é notório o excesso de referências individuais, o que conduz a que se abram espaços entre a linha defensiva e intermediária, que podem ser sagazmente aproveitadas por Pizzi ou Gedson; como também entre elementos do mesmo sector, com particular destaque para o espaço entre lateral e central, algo que poderá tornar Salvio e Rafa em protagonistas. A equipa também revela extraordinárias lacunas em transição, sobretudo quando o opositor explora as costas dos laterais ou busca as costas dos centrais. *