MALDIÇÃO CATALÃ COM NOVO CAPÍTULO
FC Porto volta a dar-se mal com o Barcelona e perde final da Taça Continental nos penáltis
A maldição catalã continua: mais uma vez, os dragões não conseguiram ultrapassar o Barcelona numa final europeia. O duelo acabou empatado (3-3) mas, nos penáltis, os espanhóis superiorizaram-se (3-2), levando para casa a Taça Continental pela 18ª vez.
Aitor Egurrola, capitão blaugrana, foi a primeira figura a merecer destaque em Barcelos, neutralizando os remates dos dragões, que estavam por cima. Esse domínio azul não se traduziu em golos, e o primeiro tento foi marcado pelo Barça, aos 18’, com intervenção direta de João Rodrigues (ex-Benfica). Depois, Hélder Nunes e Gonçalo Alves não conseguiram aproveitar dois livres diretos. E foi em desvan- tagem numérica que os catalães dilataram o marcador. Num contraataque relâmpago, aos 21’, Pablo Álvarez fica isolado e, num toque de classe, engana o guardião e leva ao delírio os 30 adeptos catalães. Como resposta, Cabestany pediu maior calma na hora do remate. Momentos após o golo blaugrana, aos 22’, Reinaldo Garcia reduziu para 2-1, resultado que acompanharia as equipas para o balneário. Na segunda metade, os vice-campeões da Europa estavam obrigados a assumir as rédeas da partida. E RESULTADOS
Lleida-FC PORTO BARCELONA-OC Barcelos
FC Porto-BARCELONA
3-3 (2-3 pen.)
após mais um livre direto desperdiçado – o terceiro –, desta vez por Rocco, os portistas conseguiram chegar ao empate. Rafa fez respirar de alívio os adeptos dos dragões (22) mas os festejos foram de curta duração: no minuto seguinte, aos 45’, Marc Gual faturou (2-3). Mas, 10 segundos depois, Hélder Nunes marcou: fez a igualdade (3-3), que não se desfez até final. Nos penáltis o Barça foi mais eficaz: venceu por 3-2 e sucedeu à Oliveirense.
Guillem Cabestany, técnico do FC Porto, mostrou-se orgulhoso: “Acho que a minha equipa foi tão boa como o Barça, talvez melhor. Tínhamos na memória a derrota da Liga Europeia e, ainda que naquele jogo tivéssemos momentos de discussão do resultado, nada teve que ver com este Porto. A tristeza é proporcional à sensação de que podíamos ter ganho.” Edu Castro, técnico catalão, salientou a exibição do guardião Aitor Egurrola: “Fez uma exibição tremenda, de capitão!” *
“A TRISTEZA É PROPORCIONAL À SENSAÇÃO DE QUE PODÍAMOS TER GANHO”, COMENTOU GUILLEM CABESTANY