Record (Portugal)

MALDIÇÃO CATALÃ COM NOVO CAPÍTULO

- MIGUEL DANTAS

FC Porto volta a dar-se mal com o Barcelona e perde final da Taça Continenta­l nos penáltis

A maldição catalã continua: mais uma vez, os dragões não conseguira­m ultrapassa­r o Barcelona numa final europeia. O duelo acabou empatado (3-3) mas, nos penáltis, os espanhóis superioriz­aram-se (3-2), levando para casa a Taça Continenta­l pela 18ª vez.

Aitor Egurrola, capitão blaugrana, foi a primeira figura a merecer destaque em Barcelos, neutraliza­ndo os remates dos dragões, que estavam por cima. Esse domínio azul não se traduziu em golos, e o primeiro tento foi marcado pelo Barça, aos 18’, com intervençã­o direta de João Rodrigues (ex-Benfica). Depois, Hélder Nunes e Gonçalo Alves não conseguira­m aproveitar dois livres diretos. E foi em desvan- tagem numérica que os catalães dilataram o marcador. Num contraataq­ue relâmpago, aos 21’, Pablo Álvarez fica isolado e, num toque de classe, engana o guardião e leva ao delírio os 30 adeptos catalães. Como resposta, Cabestany pediu maior calma na hora do remate. Momentos após o golo blaugrana, aos 22’, Reinaldo Garcia reduziu para 2-1, resultado que acompanhar­ia as equipas para o balneário. Na segunda metade, os vice-campeões da Europa estavam obrigados a assumir as rédeas da partida. E RESULTADOS

Lleida-FC PORTO BARCELONA-OC Barcelos

FC Porto-BARCELONA

3-3 (2-3 pen.)

após mais um livre direto desperdiça­do – o terceiro –, desta vez por Rocco, os portistas conseguira­m chegar ao empate. Rafa fez respirar de alívio os adeptos dos dragões (22) mas os festejos foram de curta duração: no minuto seguinte, aos 45’, Marc Gual faturou (2-3). Mas, 10 segundos depois, Hélder Nunes marcou: fez a igualdade (3-3), que não se desfez até final. Nos penáltis o Barça foi mais eficaz: venceu por 3-2 e sucedeu à Oliveirens­e.

Guillem Cabestany, técnico do FC Porto, mostrou-se orgulhoso: “Acho que a minha equipa foi tão boa como o Barça, talvez melhor. Tínhamos na memória a derrota da Liga Europeia e, ainda que naquele jogo tivéssemos momentos de discussão do resultado, nada teve que ver com este Porto. A tristeza é proporcion­al à sensação de que podíamos ter ganho.” Edu Castro, técnico catalão, salientou a exibição do guardião Aitor Egurrola: “Fez uma exibição tremenda, de capitão!” *

“A TRISTEZA É PROPORCION­AL À SENSAÇÃO DE QUE PODÍAMOS TER GANHO”, COMENTOU GUILLEM CABESTANY

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CONTRASTE. Festa do Barcelona e desilusão portista em Barcelos

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