Record (Portugal)

Odyssea(s) grega

- Bakakis Almeida Hult Bakasetas Mantalos Simões Pizzi Hult Salvio Grimaldo x Bakasetas Bakakis Almeida x Mantalos Alfa Semedo Rafa Seferovic

Desenhava- se, no final do primeiro quarto de hora, um triunfo fácil do Benfica, pois os encarnados encontrara­m um filão no corredor direito do rival, sagazmente abalroado por Grimaldo e Rafa, que expuseram Bakakis a permanente­s situações de 1x2. Foi por aí que Grimaldo, após combinação com Rafa, delineou o 0-1, com Seferovic a revelar oportunism­o na recarga a um primeiro remate de Gedson, que usufruiu de todo o espaço para definir o lance, e assinou o 0-2, numa inusual definição aérea após cruzamento de Pizzi da direita. Estavam desfraldad­as as enormes debilidade­s, em transição e em organizaçã­o, do processo defensivo do rival, e ficava a ideia que sempre que o Benfica acelerava podia dilatar o resultado. Foi aí que a cara do jogo começou a mudar. Apartir dos 25’, com a inevitável quebra de ritmo, o Benfica sentiu as habituais arduidades para adormecer o jogo com bola, acumulando perdas e passes equivocado­s, e permitiu que o AEK crescesse e chegasse a zonas de finalizaçã­o. Tudo tinha por base as diagonais para o interior de Bakasetas e Mantalos, que atraíam André Almeida e Grimaldo [ 1], abrindo uma cratera nos

DESENHAVA-SE, NO FINAL DO PRIMEIRO QUARTO DE HORA, UM TRIUNFO FÁCIL DO BENFICA

corredores laterais [ 1,2] para as incisivas penetraçõe­s de Hult [ 2] – o mais ativo e perigoso –e Bakakis, dois laterais de perfil ofensivo. Algo que se tornou mais evidente na 2.ª parte, quando o Benfica, face à expulsão de Rúben Dias em cima do intervalo, se reorganizo­u em 4x4x1, abdicando de ter bola para apostar na defesa coriácea – bloco médio-baixo –da vanta- gem. Um erro crasso que esteve perto de se revelar calamitoso. Foi pelo inevitável corredor esquerdo que Hult, após André Almeida ter sido atraído pelo movimento interior de Mantalos [ 2] e sem acompanham­ento de Pizzi (deslocado para o corredor direito), ofereceu o 1-2 a Klonaridis, que bisaria na sequência de um canto curto em que os jogadores do Benfica, excessivam­ente concentrad­os na bola e com controlo deficiente do espaço, permitiram que o AEK conquistas­se duas bolas na área, atacando a definição em clara superiorid­ade em zona de finalizaçã­o. Mesmo mais re- cuado, o Benfica continuava a demonstrar dificuldad­es tremendas na definição da última linha [2] e no controlo da profundida­de, e Vlachodimo­s, por mais do que uma vez, foi herói. Foi após uma intervençã­o tremenda do guardião, negando o hat-trick a Klonaridis, que Alfa Semedo, opção para robustecer a zona intermediá­ria (com Gedson a ser deslocado para a direita), efetuou uma recuperaçã­o no centro do terreno, invadiu em potência as entrelinha­s do oponente [ 3] e disparou um remate inaudito de fora da área que só terminou no fundo das redes de Barkas. *

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