Um jogo para não esquecer
Foi um triunfo de sorte? No futebol, a sorte explica pouca coisa. O Benfica venceu porque é muito melhor e, ontem, foi globalmente melhor do que o AEK, uma equipa uma divisão abaixo no contexto do futebol europeu.
A expulsão de Rúben Dias explica que o Benfica tivesse ficado encostado às cordas na segunda parte? Obviamente que jogar 45 minutos com menos um futebolista deixa marcas, mas a expulsão do central não explica tudo. Aliás, mesmo enquanto esteve 11 contra 11 e já a ganhar por 2-0, o Benfica sentiu dificuldades inesperadas, permitindo várias transições rápidas, dando muito espaço, sobretudo nos corredores laterais – André Almeida, em particular, sentiu imensas dificuldades, que só aligeiraram quando Gedson fechou o flanco, nos minutos finais. E mais: os dois golos sofridos surgiram em momento de organização defensiva (o segundo deles após canto), pelo que não se pode dizer que tenha sido só por aí. A incapacidade do Benfica em ter bola e congelar o jogo, mesmo na primeira parte, deve ser motivo de uma grande reflexão.
Cristián Lema dá garantias para o clássico com o FC Porto?
O argentino estreou-se num contexto particularmente diíficil e, apesar de alguns erros, acabou por ‘sobreviver’ ao inevitável julgamento sumário dos adeptos. Não é um portento técnico, nem muito rápido, mas pode ser útil, sobretudo num contexto de bloco baixo.