Record (Portugal)

“São três pontos muito saborosos”

- NUNO MARTINS. ATENAS

Desapontad­o pela expulsão de Rúben Dias à beira do intervalo, o técnico dos encarnados garantiu que a história teria sido bem diferente com 11 para 11 na segunda parte. No entanto, a raça e a determinaç­ão fizeram a diferença

que teve de mudar com a expulsão de RúbenDias?

– Foi uma entrada muito forte nossa. Nos primeiros 20 minutos fizemos 10 remates à baliza e tivemos o jogo todo controlado. No final da primeira parte perdemos algum rigor, concentraç­ão e agressivid­ade nas disputas de bola. Acabámos com um jogador a menos, que foi determinan­te. Ao intervalo, o adversário sentiu que ia entrar com essa vitamina e a ideia foi ajustar as peças para controlar a entrada forte que o AEK iria acabar por fazer. O primeiro golo deu-lhes uma nova alma e acreditara­m que podiam dar a volta. Com a entrada do Alfa acertámos as marcações e partimos mais para o ataque. Fizemos um golo na segunda parte e o que fizemos na primeira fez o AEK na segunda. São três pontos importante­s num jogo duríssimo.

–Que análise faz à expulsão de RúbenDias?

– A análise não a vou tornar pública porque são questões para ver internamen­te. Ficar numa segunda parte da Champions com um jogador a menos é complicado. Teve influência no desenrolar da segunda parte. Se vamos para o intervalo em situação de 11 contra 11, íamos fazer mais golos na segunda parte. Com um jogador a menos tudo foi diferente. Teve influência no resultado, na marcha da segunda parte. –Teve medo de perdero jogo?

– Claro que ficou tudo em aberto. Com um jogador a mais, essa vitamina que o AEK teve... não foi um momento fácil. Mas percebemos que a qualquer momento podíamos ter uma saída para o ataque ou uma bola parada que poderíamos aproveitar. O jogo teria de ser ganho na primeira parte e aí é que podia ter ficado praticamen­te resolvido. Mas isto é a Liga dos Campeões e os pormenores fazem a diferença. Ganhámos de uma forma diferente do que a primeira parte fazia prever. Na segunda foi pela crença, trabalho, determinaç­ão e rigor.

– O que sentiu ao ver a equipa desmoronar-se após aexpulsão? – Senti que era uma pena a equipa estar tão bem e ficar com menos um jogador a ir para o intervalo. Os pormenores fazem toda a diferença e senti um lamento por isso. Estávamos a fazer uma exibição muito boa e já estava a pensar nas cor- reções que ia fazer ao intervalo, mas poderíamos ter um desfecho, pela qualidade e organizaçã­o, de ganhar o jogo. Ganhámos de outra forma. São três pontos importante­s, que custaram muito a ganhar. São muito saborosos.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal