Os perigos da classe operária
maior equívoco que se poderá cometer será o de cogitar que o Sporting terá uma missão acessível na deslocação a Poltava. É certo que os leões expõem claras mais-valias no capítulo individual, mas digladiar-se-ão com um rival que beneficia de um trabalho de continuidade, gizado por Vasyl Sachko, treinador principal desde 2014, após ter sido adjunto e avançado dos Zeleno-Bili. O Vorskla entrou trémulo na nova época – 3 derrotas em 4 jornadas. Contudo, uma sequência de 4 triunfos permitiu que disparasse até ao 4.º lugar.
Fielaumaorganização estruturalem4x2x3x1, com variações para 4x4x1x1, Sachko debate-se com a ausência por lesão das suas principais opções para a ala direita: Kobakhidze e Vasin. Sergiychuk tem sido a opção mas o seu rendimento irregular poderá conduzir à aposta em Odaryuk ou Kadimyan. A outra dúvida prende-se com a referência ofensiva: Kolomoets atravessa uma fase negativa, o que fica espelhado na ausência de golos em 2017/18, o que poderá justificar a aposta no possante brasileiro Nicolas Careca, mais agressivo e impetuoso nos duelos.
Equipase caracteriza, do ponto de vistaofensivo, pelasimplicidade de processos, mostra-se particularmente perigosa na exploração de contra-ataques e de ataques rápidos. Aí, alterna uma construção mais longa, a partir dos médios-centro (Sharpar mais incisivo do que Kravchenko), em direção às costas da defesa, com a busca incessante de Rebenok na esquerda.
São evidentes as carências no momento de transição defensiva, sobretudo no espaço nas costas dos laterais, na sequência de perdas de bola no meio-campo rival, o que deixa os defesas-centrais e os médios-centro, que não primam pela velocidade, muito expostos e centralizados. Mas as maiores carências estão no lado esquerdo, já que o brasileiro Artur é muito falível na defesa do espaço interior – quando tem de defender cruzamentos vindos da esquerda – e comete erros graves de posicionamento.
AS MAIORES CARÊNCIAS ESTÃO NO LADO ESQUERDO JÁ QUE ARTUR É MUITO FALÍVEL
As bolas paradas poderão ser umfator decisivo. O
Vorskla é muito acutilante na exploração de pontapés de canto e de livres laterais. Chesnakov, no espaço central, e Sharpar, ao segundo poste, costumam ser as referências aéreas. Ao invés, do ponto de vista defensivo, os ucranianos revelam enormes lacunas. Shust, nos livres frontais, tende a construir barreiras excessivamente densas, o que o impede de ver a bola partir. Um claro convite para a fortíssima meia-distância de Bruno Fernandes.