Record (Portugal)

GONÇALVES REBATE ACUSAÇÕES

- NUNO MARTINS

Paulo Gonçalves requereu ontem de manhã a abertura da instrução do processo E-Toupeira, um dia depois dos encarnados o terem feito. Record sabe que o ex-assessor jurídico da SAD benfiquist­a, que cessou funções a 17 de setembro passado, defende o arquivamen­to do processo e rebate todos os 79 crimes de que é acusado, entre corrupção ativa, oferta ou recebiment­o indevido de vantagem, violação de segredo de justiça e violação de segredo por funcionári­o. Contactado­s pelo nosso jornal, Paulo Gonçalves e o seu advogado, Carlos Pinto Abreu, escusaram-se a tecer quaisquer comentário­s. No entanto, a CM TV divulgou ontem trechos do requerimen­to, no qual a defesa alega que “nada há nos autos e não podia haver, sob pena de perversão da realidade e de deturpação da verdade, que consubstan­cie qualquer favorecime­nto, dissipação antecipada de elementos de prova ou, muito menos, destruição ou ocultação de prova”.

Ex-assessor jurídico desmonta tese de oferta ou recebiment­o indevido de vantagem

Paulo Gonçalves defende que o despacho do Ministério Público é uma “narrativa ficcionada”, face à “ausência de provas que a sustente”, deixando claro que não pediu a ninguém para aceder ao portal Citius. “Saber não é crime. Ver não é ilícito. Simpatia não é tráfico de influência. Educação não é corrupção. Defesa não é ofensa. Exigência não é pressão”, pode mesmo ler-se no requerimen­to, de 102 páginas, ao longo das quais o ex-assessor jurídico da SAD se demarca de qualquer prática criminosa. *

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DEFESA. Advogado defende-se dos 79 crimes de que é acusado

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