“O futebol tem de unir as pessoas”
Pinto da Costa lembrou a amizade com adeptos do Benfica para dar um exemplo de futuro
Pinto da Costa esteve ontem em Albergaria-a-Velha a inaugurar a Casa do FC Porto e o facto de o presidente da Câmara Municipal daquela localidade ser benfiquista foi o mote para um discurso apaziguador por parte do líder dos dragões.
“Ao longo da vida tive sempre muitos amigos benfiquistas, entre os quais o antigo presidente Fernando Martins. Foi meu amigo até aos 96 anos, idade com que faleceu, e até acompanhou o FC Porto na conquista da Taça dos Campeões. Conheço muitagente adepta do Benfica que admiro e respeito, porque o futebol não pode ser uma guerra, tem de servir para unir as pessoas, para unir o país. O facto de ser adepto desse clube não impede que tenha admiração por si”, referiu Pinto daCosta, dirigindo-se diretamente aAntónio Santos, edilde Albergaria-a-Velha, na receção na Câmara Municipal. Mais tarde, no discurso aos adeptos que encerrou o jantar, o presidente do FC Porto insistiu na mensagem e fez questão de vincar a necessidade de se transmitir aos mais jovens uma imagem positiva do futebol português. “Como noutras áreas, o futebol passa por momentos difíceis,
“NÃO PODEMOS LEGAR AOS JOVENS UM FUTEBOL QUE SEJA UM ANTRO DE DEFEITOS”, REVELOU O LÍDER PORTISTA
toda a gente que gosta de futebol quer que o seu clube ganhe, toda a gente deveria lutar dignamente com as armas que todos têm e é isso que devemos procurar. Todos nós que temos responsabilidades, que gostamos de futebol, temos de ver o futebol positivamente. Não podemos legar aos jovens um futebol que seja um antro de defeitos, temos de lhes mostrar que futebol é convívio, é amizade, é competição digna e que quem vence tem de festejar e saber respeitar os vencidos”, destacou Pinto da Costa.
O líder dos dragões não perdeu ainda a oportunidade de dar uma bicada em Luís Filipe Vieira, ironizando com os discursos lidos pelo presidente do Benfica: “Houve um problema no trânsito e a pessoa que escreveu o meu discurso não veio, sendo assim vou ter de falar de improviso.” *