MIGUEL TEM DIREITO A SONHAR
Histórico de Oliveira nas últimas quatro corridas dá-lhe clara vantagem face a Bagnaia
Não vou desistir!” O aviso foi feito por Miguel Oliveira no final do Grande Prémio da Tailândia do último fim de semana, onde apesar de ter feito o seu 8º pódio do ano, foi 3º e perdeu 9 pontos para o líder do Mundial de Moto2, Francesco Bagnaia, que ganhou a corrida, ficando a 28 da liderança. A vantagem de mais de uma corrida (25 pontos), numa altura em que faltam apenas quatro para o final, pode dar a ideia de que Pecco tem uma almofada de confiança para gerir, mas o histórico de Oliveira nos quatro circuitos que faltam – especialmente quando comparado com o de Bagnaia –
AS CONTAS SÃO SIMPLES: SE OS RIVAIS REPETIREM OS RESULTADOS DE 2017, O PORTUGUÊS É CAMPEÃO
faz com que o piloto de Almada tenha (mesmo) direito a sonhar com um inédito título mundial para Portugal.
Em 2017, o piloto da KTM ganhou todos os últimos três Grandes Prémios – Austrália, Malásia e Valência –, ficando apenas atrás de Bagnaia no GP Japão (o próximo), uma pista Honda onde habitualmente a KTM tem algumas dificuldades em ser tão competitiva. As projeções valem o que va- lem... mas as contas são simples: se Oliveira e Bagnaia repetirem em 2018 os resultados alcançados no ano passado... o português vai sagrar-se campeão.
Bagnaia ‘usa’ irmão de Rossi
Pecco Bagnaia já está alertado para o facto de a KTM ser mais forte nas últimas pistas da temporada, pelo que tem tentado fazer o máximo de diferença até chegar à Austrália. Na Tailândia, o italiano ‘utilizou’ o seu compatriota e compa- nheiro de equipa Luca Marini – meio-irmão de Valentino Rossi – para se colocar entre si e Oliveira e assim ‘tirar’ mais pontos ao português de 23 anos.
Depois de ganhar este fim de semana, Bagnaia não escondeu a emoção. “Estou muito feliz. Nem sei o que dizer. A nossa estratégia funcionou perfeitamente e agora já estou de olho no Japão”, admitiu o transalpino, que tal como Oliveira vai saltar para a classe rainha de MotoGP em 2019. *