Castigo inédito por boca sexista
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu, por unanimidade, punir João Carlos Bastos, dirigente da equipa de futebol feminino do Clube Albergaria, com três meses de suspensão devido a afirmações consideradas sexistas dirigidas à árbitra do jogo com o Valadares Gaia, disputado a 4 de fevereiro. “Devias ter ficado em casa a lavar a loiça, não mereces o dinheiro que ganhas”, terá dito João Carlos Bastos – que surge como treinador apesar de não estar inscrito na ficha técnica – a Ana Amorim, com o alegado objetivo de atingir a árbitra da partida depois de esta ter tomado uma decisão que castigava os anfitriões. Agora, oito meses depois da partida em questão, o CD decidiu aplicar uma suspensão de três meses a João Carlos Bastos, que terá ainda de pagar uma multa de 1.020 euros além das custas processuais. Contactado por Record, o dirigente aponta várias irregularidades ao acórdão e nega ter proferido a frase que lhe valeu o castigo, afirmando que vai “recorrer para uma instância superior”. “É totalmente mentira e facilmente comprovável. Aliás, não percebo como é que o CD, depois da primeira instância, não valoriza as minhas argumentações. Se calhar porque quer dar uma de ser a primeira vez que isso acontece”, acusa. *