Um Portugal autoritário

Belíssima vitória de Portugal na Polónia, com uma excelente exibição e que nos coloca com um pé na final four da Liga das Nações. A equipa nacional soube fazer esquecer a ausência de Cristiano Ronaldo e através de um futebol mais rendilhado e maior paciência chegar à baliza contrária de forma diferente. Sem CR7, Fernando Santos orienta uma equipa que poderá demorar mais a finalizar, até porque trava um pouco a chegada à área e perde a vertigem de golo que tem o goleador português, mas o ressurgimento de André Silva e o talento de Bernardo trazem um novo ‘salero’ ao futebol nacional.

No fundo, a emancipação da equipa em relação a Cristiano é uma boa notícia. O craque da Juventus tem muito futebol para dar e ainda pode ajudarnos em muitas alegrias, mas o mau momento pessoal vivido e a idade que não perdoa obrigam-nos a pensar noutras soluções. A renovação urge e está a ser feita. Resta acreditar que temos muito talento espalhado por aí que Santos saberá fazê-lo brilhar da melhor forma possível.

Os sub-21 de Rui Jorge alcançaram a maior vitória de sempre de uma equipa portuguesa no escalão. Não resolve os problemas do apuramento mas é um importante bálsamo antes da receção à Bósnia. E mais uma prova do talento dos nossos jogadores e do técnico que se tem mantido fiel aos miúdos apesar de tantos convites.