“Eu nem sei o que é um fora-de-jogo!”
Historiador confessa desconhecimento, mas sabe, por intuição, quando umaequipajogabem
José Pacheco Pereira nunca teve um especial fascínio pelo futebol enquanto modalidade. Prefere jogar xadrez, diz-nos. Isto leva a que, por falta de interesse, não saiba as principais regras de um jogo de futebol, como o número de jogadores por equipa ou o tempo de uma partida. Ao longo dos 80 minutos de jogo – em vez dos habituais 90, face aos menores índices físicos dos protagonistas –, o historiador foi questionando a
“O MEU AVÔ CONHECIA MUITO BEM O PEDROTO E CHEGUEI A ESTAR MUITAS VEZES EM CASA DELE”, RECORDA
reportagem de Record sobre o que se ia passando, e, apesar do desconhecimento, garante que consegue perceber quando o espetáculo é bom.
“Nunca percebi o que é um forade-jogo! Aliás, já várias pessoas me tentaram explicar, mas há muitas coisas que não sei. Sei, no entanto, distinguir quando uma equipa joga bem ou mal. É uma espécie de intuição. Mas não sei o nome dos jogadores, não sei quem está a ganhar ou perder. Não sei de nada”, diz-nos, entre risos. Nem o facto de ter crescido no Porto, cidade que respira futebol, levou a que se tornasse amante da modalidade. “O meu avô conhecia muito bem o Pedroto e cheguei a estar muitas vezes em casa dele, em frente ao antigo Estádio das Antas. Mas esse mundo, no qual as mulheres ficavam no carro a tricotar enquanto os maridos jogavam, já acabou. O futebol, hoje, é indústria”, lamenta, assumindo que, agora, irá tornar-se num adepto... por bons motivos: “Vejo com interesse os grandes jogos mas não tenho atitude clubística. Agora, com os veteranos da Marmeleira, vou ter!” *