Record (Portugal)

A música e o futebol andaram de braço dado até que os instrument­os e a voz venceram os pontapés na bola. De um futebolist­a quase profission­al nasceu, anos mais tarde, um treinador a viver uma paixão que nunca desaparece­u

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carreira de décadas e dezenas de discos lançados em Portugal e em várias outras partes do Mundo. Muitos associam-no à música, nem todos devem saber que também é um homem do futebol. Atualmente desempenha as funções de coordenado­r/treinador e orientador metodológi­co da formação do clube da Linha de Sintra, chefiando o futebol dos infantis aos juniores, acumulando o cargo de treinador dos iniciados; no passado orientou outras equipas e, se recuarmos mais no tempo, encontramo­s histórias de alguém que se agarrou à bola bem cedo. “Com 8 anos já jogava no Brasil, na Portuguesa dos Desportos. Apanhava três autocarros para ir treinar porque São Paulo é enorme. Joguei também no São Paulo, no Vasco da Gama e no Fluminense. O meu pai (Fernando de Freitas) foi o primeiro guitarrist­a da Amália Rodrigues e a minha mãe também era cantora (Maria Girão) e quando eles se mudaram para Madrid, um amigo do meu pai, ligado ao Atlético, mandou-me treinar no clube e fiquei. Isto foi no primeiro ano de juvenis. Os meus pais mudaram-se depois para Portugal e eu voltei com eles. Joguei no Belenenses, treinado pelo professor Peres Bandeira , e depois no Sporting, orien- tado pelo grande José Travassos”, recorda Fernando Girão a Record. Em paralelo, a música torna-se um caso sério. “Comecei a tocar em bailaricos com 14 anos. Aos 17 tive de escolher porque estava no Sporting e a música falou mais alto. Na altura, o futebol não tinha a importânci­a de hoje. E eu tinha essa paixão pela música. Aliás, música e futebol são as paixões da família”, lembra o agora treinador.

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