A ‘VIDA DUPLA’ DESTA SELEÇÃO
O extremo Luca tem 31 anos e trabalha no restaurante do sogro. Será o jogador do Vieira SC a envergar a braçadeira de capitão nos encontros de apuramento para a fase final. E, em conversa com Record, confessa o orgulho por ‘vestir’ as cores de Portugal. “É sempre importante representar o nosso país. Quando chegarmos à competição, o nervosismo miudinho talvez apareça. Queremos chegar à fase final da Taça das Regiões e, para isso, temos de vencer os próximos jogos”, sublinha. A dedicação destes homens é inegável: muitos trabalham a tempo inteiro nas respetivas profissões. No apertado horário do dia a dia, encontram sempre tempo para o futebol e, no último ano, para esta seleção. “As nossas famílias já estão habituadas”, garante o médio Rui Pereira, engenheiro têxtil e jogador do Ribeirão 1968. Já Peitaça, guarda-redes do Porto d’Ave e da seleção bracarense, admite que o cansaço é um problema, mas explica que a satisfação por jogar futebol se sobrepõe à fadiga. “Não temos descanso nenhum. Eu saio do treino e vou direto para o trabalho, que é à noite. Mas sentimo-nos felizes a jogar e isso é o mais importante”, frisa o guardião, de 25 anos, que alinha na divisão Pro-Nacional da AFB, à semelhança da maioria dos companheiros.
Luso-romeno na equipa
Com 24 anos, Sau Marian nasceu na Roménia mas veio para Portugal com os pais quando tinha apenas cinco. Possui dupla nacionalidade e também não esconde a felicidade por fazer parte da equipa. “É sempre um motivo de orgulho representar Portugal. Sinto-me mais português do que romeno”, garante o lateral ou médio-direito, que trabalha numa fábrica de componentes automóveis e alinha no Berço SC. *
“QUEREMOS CHEGAR À FASE FINAL E, PARA ISSO, TEMOS DE VENCER OS PRÓXIMOS JOGOS”, DIZ O CAPITÃO LUCA