Record (Portugal)

ILIAN ILIEV JR.

- RICARDO CHAMBEL

Aos 19 anos, filho do antigo médio procura impor-se na equipa de sub-23 dos estudantes

Ilian Iliev. O nome não engana, ainda que não estejamos a falar do jogador que entre 1995 e 1997 foi um dos donos do meio-campo do Benfica - mais tarde jogou ainda no Marítimo (1999-2002) e no Salgueiros (2002/03) –, numa equipa em que se destacavam figuras como Michel Preud’homme, Valdo ou João Vieira Pinto. Neste caso, trata-se sim do seu filho, que desde a época passada veste a camisola da Académica. Iliev Jr., como é conhecido, é um dos rostos da recémcriad­a equipa de sub-23 dos estudantes. O jovem, de apenas 19 anos, abriu o jogo a Record, falando da adaptação ao país, dos motivos pelos quais escolheu Portugal e das histórias ouvidas lá em casa. “Vim para Portugal por influência do meu pai. Ele sempre me disse que seria muito bom para mim e uma grande oportunida­de para eu crescer, aprender e um dia chegar a um patamar superior”, revela o

“O MEU PRIMEIRO OBJETIVO É CHEGAR À EQUIPA PRINCIPAL DA ACADÉMICA. E SONHO JOGAR NA SELEÇÃO A DO MEU PAÍS”, DIZ

atacante, que aponta Isco, do Real Madrid, como a sua grande referência. “Gosto muito da sua forma de jogar. É com ele que eu me identifico”, atira o jovem. Apesar da distância que os separa (Iliev, o pai, tem agora 50 anos e está na Bulgária, onde orienta o Cherno More), não há dia em que os dois não falem. O teor das conversas? Futebol, claro, como não poderia deixar de ser. “Ele ligame todos os dias. Quer saber como estou e como correu o treino, se correu bem ou não”, desvenda. Satisfeito pela forma como foi recebido em Coimbra – “Uma cidade tranquila, com uma Universida­de muito bonita”, salienta –, Iliev Jr. acredita que vai conseguir realizar todos os seus sonhos. “Tenho os mesmos sonhos que o meu pai. Ele jogou na seleção búlgara, participou num Campeonato do Mundo [em 1998, em França] e es- teve em boas equipas, como o Benfica. Tenho de pensar passo a passo e o meu primeiro objetivo é chegar à equipa principal da Académica”, frisa, piscando o olho à seleção búlgara: “Sou internacio­nal sub-19 e claro que tenho o sonho de jogar na seleção A. Estou a trabalhar para ser chamado.”

Rendido à... comida

Ainda que o objetivo principal seja jogar futebol e, dessa forma, construir uma carreira próxima daquela que o pai conseguiu, o jovem Iliev tem aproveitad­o o momento para conhecer alguns dos prazeres que fizeram com que o pai se apaixonass­e por Portugal. Entre eles, agastronom­ia. “Comida? É muito boa. Gosto de tudo, mas especialme­nte do marisco português. Na Bulgária também há, mas não é como este”, assume o avançado de 19 anos, que mal saiu da academia recebeu um abraço da dona Cândida, uma das funcionári­as dos estudantes. “Este menino é uma joia. Posso dizer que nunca disse que não a nenhum prato de comida. Mesmo quando não gostatanto, come até ao fim. Deviam ser todos como ele”, elogia dona Cândida. *

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