Record (Portugal)

QUA NT UM PA RKS COMO UM RECREIO PARA CRESCIDOS

- MARKUS ALMEIDA

São mais de 3 mil metros quadrados com paredes de escalada, trampolins e rampas de skate

Foram as ondas e o surf que levaram o suíço-canadiano Felix Tanguay a mudar-se para Portugal há oito anos, mas foram “uns amigos em Inglaterra à frente de projetos semelhante­s” que lhe deram a ideia de criar um parque coberto com 3 mil metros quadrados de trampolins, paredes de escalada, rampas de skate – e não só. O Quantum Parks tem um campo de basquetebo­l onde qualquer um pode afundar como Michael Jordan, porque o piso é elástico, como um trampolim gigante, que constitui também o piso do campo de dodgeball – versão moderna do jogo do mata muito procurado por empresas para fomentar o espírito de equipa (e a possibilid­ade de dar um ‘balázio’ no chefe). Trampolins, de resto, é o que não falta aqui, como o diretor do projeto, de 41 anos, explica num inglês com sotaque francês: “Temos condições para 130 pessoas estarem aqui aos saltos ao mesmo tempo.” Quanto à escalada, há 20 paredes com diferentes graus de difi- culdade e um slide de queda vertical. “Não é necessário ter experiênci­a, mas quem a tiver também encontrará desafios à altura”, frisa. Como, por exemplo, um percurso que pisca o olho ao programa de televisão ‘American Ninja Warrior’, um fosso com centenas de esponjas onde se podem ensaiar saltos mortais ou outras acrobacias em segurança, e ainda um parque de skate com airbag – e é esta a altura em que interrompe- mos para perguntar o que é isso de haver um “airbag de surf”!?...

Surf em terra

HÁ AINDA UM FOSSO COM CENTENAS DE ESPONJAS, PARA TESTAR SALTOS MORTAIS, E UM PARQUE DE SKATE COM AIRBAG

“É um conceito que fomos buscar à Austrália, ao centro de treinos da seleção nacional de surf. O que fizemos foi criar um airbag em forma de onda que permite transições suaves do half-pipe [rampa em forma de U]”, revela. Ou seja, o skater ganha velocidade, salta, ensaia a manobra no ar, mas a aterragem é feita no tal airbag. Nesse momento, a manobra morre, porque a superfície do airbag insuflado, não oferecendo resistênci­a, impossibil­ita a continuida­de do movimento. O que ela possibilit­a, na verdade, é a repetição das técnicas sem qualquer perigo para os skaters. E quando a técnica finalmente estiver apurada, passam a aterrar no half-pipe. No caso dos surfistas, a vantagem de experiment­ar manobras num skate é uma questão de conveniênc­ia, já que não têm de esperar pela onda certa e, mais importante, desperdiçá-la numa manobra que ainda não se domina. *

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