SUPER DRAGÕES ASSUSTAM EM LOJA DO BENFICA EM MATOSINHOS
Super Dragões assumem autoria, mas Fernando Madureira fala em “passeio pelo shopping”
PSP CHAMADA AO LOCAL E ENCARNADOS LAMENTAM ATITUDE
ÁGUIAS TOMARAM POSIÇÃO SUSTENTANDO QUE “O CRIME ORGANIZADO MANIFESTA-SE DE DIVERSAS FORMAS”
Um grupo de cerca de 20 adeptos do FC Porto, no qual estava integrado Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, marcou ontem presença junto da recém-inaugurada loja do Benfica no Marshopping, em Matosinhos, situação que gerou desconforto junto dos responsáveis do espaço e motivou a mobilização de cerca de nove elementos do corpo policial da PSP. Segundo testemunhas no local, identificados com camisolas alusivas ao clube, os adeptos azuis e brancos invadiram a loja do rival, tentaram colocar adereços referentes aos dragões e entoaram músicas, tanto de apoio ao FC Porto, como a visar o Benfica. Isto antes de posarem para uma foto partilhada nas redes sociais. Questionado pelo nosso jornal sobre o sucedido, Fernando Madureira disse não entender as razões que motivaram a chamada da polícia. “Não se passou nada. “Ninguém partiu nada, ninguém agrediu ninguém. Temos o direito a passear num centro comercial”, começou por dizer, garantindo que esta não foi uma ação concertada. “Foi uma situação circunstancial, estamos no Porto, a nossa cidade”, acrescentou. Ainda de acordo com o líder dos Super Dragões, este é um espaço muito frequentado por elementos afetos à claque. “Paramos ali muitas vezes. Há muitos que ali trabalham”, concluiu. Em reação aos acontecimentos, fonte do Benfica referiu a Record que “o crime organizado manifesta-se de diversas for- mas, desde o roubo de correspondência privada, passando pelas ameaças e coação a agentes desportivos, e agora por provocações e distúrbios em espaços comerciais de outros clubes”, classificando este ato como “lamentável”. Já Francisco J. Marques apelidou os rivais de “hipócritas”. “Não disseram uma palavra quando a claque deles matou um italiano adepto do Sporting”, escreveu no Twitter, apesar de admitir que “preferia que esta visita não tivesse acontecido”. *