Record (Portugal)

“Para mim não há amigáveis”

Selecionad­or nacional deve dar oportunida­des a quem não as tem tido, mas leva a visita a Glasgow muito a sério

- FERNANDO SANTOS

Mais estreias à vista na Seleção Nacional. Cláudio Ramos, Pedro Mendes e Hélder Costa terão, ao que tudo indica, a possibilid­ade de vestir a camisola de Portugal pela primeira vez. E não, não é por se tratar de um jogo particular. “Para mim não há amigáveis, há jogos que valem pontos e outros não. A diferença é que nuns só podemos fazer 3 substituiç­ões e nestes podemos fazer 6. Se houver essa oportunida­de jogarão todos”, garantiu Fernando Santos. Não necessaria­mente todos, já que, depois da dispensa de Rui Patrício, o selecionad­or ficou com 22 jogadores: 17 vão ser utilizados. Será, também, uma gestão com base nos atletas utilizados frente à Po- lónia. Certo é que Cláudio Ramos, Pedro Mendes ou Hélder Costa, ou mesmo todos, poderão aumentar a contagem de estreias promovidas por Fernando Santos na Seleção Nacional. A lista está quase a atingir os 40 nomes: vai nos 35. Apesar de ter dado algumas pistas, Fernando Santos não deu o onze para hoje. Houve um jornalista que até avançou com a equipa provável, pedindo ao seleciona-

dor uma resposta de ‘sim’ ou não’. O selecionad­or fintou a questão e atirou um… “nim”. Mas afinal, qual o objetivo do confronto com a Escócia? Os próximos jogos de Portugal são frente a Polónia e Itália, ambos em novembro, seleções que a equipa das quinas defrontou recentemen­te. Os escoceses servem de teste para o futuro porque têm caracterís­ticas pouco comuns. “A Escócia está em renovação e é diferente daquilo a que estamos habituados. Frente a Israel jogou em 3x4x3 e depois alterou para 3x5x2. Tem laterais que sobem muito e que partem o jogo com facilidade. Teremos de demonstrar qualidade na organizaçã­o e concentraç­ão. Se entrarmos num jogo de correrias sistemátic­as de 70 metros vamos ter dificuldad­es. Temos de tomar conta do jogo. Os escoceses não dão uma bola por perdida, vão sempre ao limite”, analisou.

O Euro nunca se esquece

Muito se falou do bom futebol praticado por Portugal contra a Polónia. Oportunida­de para confrontar Fernando Santos com esse tema, para perceber se esta versão da Seleção Nacional é a melhor em termos exibiciona­is. O técnico recuou até à final do Euro’2016.

“Mais prazer a ver jogar? Foi em Saint-Dénis, a 11 de julho de 2016. Tomara eu um dia voltar a ter uma experiênci­a dessas. Obviamente que qualquer treinador primeiro quer ganhar e depois jogar bem. Porque jogando bem podemos ganhar. Se tiver de escolher entre jogar de forma normal e ganhar ou perder com nota artística… Não me interessa perder. Se a exibição for mais agradável à vista, melhor para o treinador, jogadores, adeptos e imprensa, mas isso nem sempre é possível. E quando isso acontece, a minha prioridade é ganhar.” *

“ESCÓCIA ESTÁ EM RENOVAÇÃO E É DIFERENTE DAQUILO A QUE ESTAMOS HABITUADOS. TEM LATERAIS QUE SOBEM MUITO”

“SE TIVER DE ESCOLHER ENTRE JOGAR NORMAL E GANHAR OU PERDER COM NOTA ARTÍSTICA... NÃO ME INTERESSA PERDER”

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