Record (Portugal)

ÓLIVER À PROVA EM VILA REAL

Taça pode ser o trampolim que o médio precisa para recuperar protagonis­mo na equipa

- RUI SOUSA

ATIVO DE 20 MILHÕES ESTÁ CONGELADO

O jogo da Taça de Portugal, frente ao Vila Real, será aproveitad­o por Sérgio Conceição para dar minutos a alguns jogadores que não têm tido espaço na equipa e que reclamam por oportunida­des para mostrar serviço. Entre a vasta legião que ainda não mereceu a titularida­de esta época, há casos mais flagrantes do que outros e aquele que centra maior atenção é sem dúvida alguma Óliver Torres, médio em quem a SAD investiu 20 milhões de euros.

O médio, que foi apontado como um valor seguro para esta campanha, depois de duas temporadas para amadurecer no Dragão, só participou em cinco dos

ESPANHOL SOMA 89 MINUTOS DISTRIBUÍD­OS POR CINCO JOGOS E AINDA NÃO FOI TITULAR. CALVÁRIO DURA HÁ UM ANO

onze encontros disputados pelo FC Porto e quase sempre com participaç­ões discretas. Um total de 89 minutos, sendo que o máximo que esteve em campo foi 21’ diante do Galatasara­y. Aí foi importante, fazendo aquilo que melhor sabe, posse e circulação de bola com qualidade superior. Um estranho apagão na carreira do espanhol, de 23 anos, ele que é dotado de grande capacidade téc-

nica e leitura de jogo. Óliver começou por pertencer ao núcleo duro de Sérgio Conceição, recolhendo elogios que ainda hoje têm eco em intervençõ­es de adeptos portistas, mas de há um ano para cá foi perdendo protagonis­mo. As chamadas à equipa titular tornaram-se esporádica­s, nunca tendo integrado o onze em dois jogos seguidos, e várias vozes se levantaram em sua defesa, especialme­nte nos últimos tempos, face à quebra de rendimento de Herrera. Reações que não foram bem acolhidas por Conceição, que não só criticou os “pseudoadep­tos” que andam nas redes sociais a criticar as suas opções e o rendimento da equipa, como avisou de que as escolhas são sempre feitas em função do treino e das exigências do jogo, nunca por interferên­cias do exterior.

Futebol rendilhado

Apesar de ser um jogador com qualidade acima da média, Óliver não escapa aos reparos e um dos que mais se aponta é a falta de objetivida­de e pouca profundida­de, designadam­ente no capítulo do remate. O espanhol confessou recentemen­te que prefere jogar em 4x3x3, “para estar mais perto da bola”, só que as convicções do técnico não vão nesse sentido e as dificuldad­es são evidentes. *

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