Bendito choque energético
meio-campo da Seleção Nacional beneficiou imenso com o choque energético que lhe foi proporcionado por Renato Sanches e Gedson. Esta dupla encarou o jogo de forma bastante mais vertical e colocou em sentido o bloco da Escócia. O duo ‘encostou’ nos adversários em terrenos mais adiantados [ fig. 1], dando um precioso auxílio a Eder. O médio do Bayern teve um papel fundamental no golo assinado pelo herói da final do Europeu. Cobrou um livre para a cabeça de
BRUMA ATUOU PELA ESQUERDA MAS DERIVOU MUITAS VEZES PARA O MEIO E CAUSOU DORES DE CABEÇA DENTRO DA ÁREA
Eder, que não perdoou. O lance teve igualmente um ‘grande dedo’ de Bruma. Asua condição de ‘falso fora-de-jogo’ baralhou por completo a estrutura defensiva do anfitrião. Que bela farsa a de Bruma no lance do segundo golo. Extremamente móvel e agressivo (no bom sentido), o médio do Benfica protagonizou, por seu turno, a fantástica abertura para Bruma faturar. O tridente ti- tular no miolo (Danilo, Sérgio Oliveira e Bruno Fernandes) primara pela lentidão e mastigara demasiado a bola, acabando goleado pelo trio que foi montado já no decorrer do jogo (Danilo, Gedson e Renato Sanches). Bruma atuou pelo lado esquerdo do ataque mas muitas foram as vezes em que derivou para o meio e provocou grandes dores de cabeça na área da Escócia [ fig. 2]. Num desses lances optou –e bem! –por ceder a bola a Kévin Rodrigues, que centrou para Hél- der Costa finalizar na pequena área. Hélder Costa também pisou várias vezes terrenos mais interiores, permitindo a subida de Cédric e constituindo uma ameaça velada para Craig Gordon. Refira-se, por outro lado, que em situação de ataque Danilo baixava para o eixo da defesa, evoluindo no meio de Rúben Dias (desta feita sobre o lado direito) e Luís Neto. Eder regressou à Seleção Nacional e assinou uma exibição francamente positiva. O pontade-lança do Lokomotiv Moscovo esteve bem a atacar e a defender. Funcionou como um central nas bolas paradas defensivas, nomeadamente nos cantos [ fig. 3], cotando-se igualmente como a primeira barreira do conjunto de Fernando Santos. Em situação de transição ofensiva, Eder jamais se deslumbrou. Foi irrepreensível a segurar a bola, possibilitando a subida dos companheiros no terreno. Bastante castigado pelos adversários, o avançado acabou por ser premiado. Faturou... ‘à ponta-de-lança’! *