“Agora quero mandar a partir de fora”
Quando começou a fazer o curso de treinador?
D – Depois de deixar de jogar [2012]. Fi-lo na Argentina em dois anos e, agora, estou a acabar um terceiro, o UEFA Pro, que habilita a treinar em todo o Mundo.
Como funcionará a equipa técnica com Quiroga?
D – Eu serei o treinador principal e ele o adjunto. Conhecíamos um preparador físico em comum, o Christian. O irmão do Facundo, Diego Quiroga, também é preparador. Armámos o nosso grupo, agora queremos arrancar. Estamos prontos para esta nova fase.
Não teve já uma experiência, no Belgrano de Esquel?
D – Ainda não tinha terminado o curso. É o clube da minha cidade. Estive lá oito meses e tomei o gosto a isto de ser treinador.
No mês passado reuniram-se com a direção do Argentinos Juniors. Era uma hipótese?
D – Éramos uma de quatro ou cinco possibilidades. O facto de não termos experiência joga um pouco contra nós.
Têm outros convites?
D – Vou ter várias reuniões em Espanha. Já estive no Real Madrid [com Ramon Martínez, diretor de futebol], no Getafe. Fui à Corunha. Quando voltar à Argentina, vou reunir-me com um clube da 2ª divisão. Estamos a mexer-nos.
O curso foi o que esperava? D – Eu gostava de mandar dentro de campo. Agora quero mandar a partir de fora. Mas, mais importante do que isso, é a preparação. Costumo dizer que deixamos de treinar o físico e passamos a
“HÁ QUEM DEIXE DE JOGAR E PASSE LOGO PARA TREINADOR. SE ALGO FOR MAL FEITO, A CARREIRA PODE SER CURTA”
treinar com a cabeça. É um processo. Há quem deixe de jogar e passe logo para treinador. Mas, se algo for mal feito, a carreira pode ser curta. Queremos ficar neste meio e, para isso, te- mos de estar preparados.
Para se preparar, falou com Simeone, Sampaoli, Pochettino, Toral. Tem um modelo?
D – Hoje em dia identifico-me mais com a forma de trabalhar de Marcelino [Toral], no Valencia. Foi meu treinador. Está constantemente a dar-me conselhos.
Simeone tem o perfil indicado para tirar partido de Gelson Martins no Atlético Madrid?
D – Sim. Vai potenciá-lo com calma para não o queimar. Vai ter de adaptar-se à liga. Mas encaixa no estilo de jogo do Simeone. Se o quis, por algo é.
No Deportivo jogou com o atual selecionador interino da Argentina, Lionel Scaloni...
D – Está em início de carreira, como nós. Espero que a nossa geração tenha sucesso.
Até quando pensa que ele ficará na seleção?
D – Isso não sei… O futebol argentino está todo desorganizado. Em 2019 há Copa América e ainda não se sabe quem será o selecionador. Ao que chegámos… *