BANCO MILAGROSO EVITA ESCÂNDALO
Em campo não houve diferenças de escalão, mas Belenenses inventou forma de sobreviver
Se alguém que não conhecesse o futebol português estivesse na Medideira, não acreditaria que Amora e Belenenses são de escalões diferentes. Aliás, a julgar pela primeira parte seria a equipa da casa a estar uns patamares acima, tal foi o domínio e a qualidade exibida perante os homens de Silas, que não conseguiam esconder a apatia e até alguma desorientação. Foi sem surpresa alguma que a formação do Campeonato de Portugal se adiantou na sequência de um canto de Gildo, com Tiago Duque, ex-Belenenses, a finalizar sozinho no coração da área. Contavam-se 12 minutos no pesadelo dos azuis do Jamor, mas as contas ficavam ainda mais difíceis aos 24’, quando o irrequieto Gildo – não tem lugar no Marítimo, que o tem emprestado ao Amora? – cruzou para a cabeça de Fidalgo. Gonçalo Silva juntou as tropas e pediu uma reação, mas nada feito. O Amora é que esteve sempre mais perto de ampliar a vantagem até ao descanso, antes de tudo come- çar a mudar na 2ª parte. Keita saltou do banco – Diogo Viana já tinha substituído o lesionado Sagna – para falhar um penálti nos momentos iniciais, até que a loucura começou. Em cinco minutos o pulmão Eduardo reduziu num penálti discutível e Dramé (outro que começou fora do onze) empatou. O Amora ia cair, podia pensarse. Não! A equipa orientada por Litos encontrou forças para recuperar a vantagem... de penálti, por intermédio de Diogo Tavares (83’), mas não aguentou o sonho. Eduardo rasgou a defesa amorense com um passe fantástico para Licá nos descontos e o prolongamento trouxe a sabedoria dos mais credenciados, com Diogo Viana a descobrir Keita. Esteve à vista um tomba gigantes, mas Silas livrouse de um susto daqueles. *
AMORA ESTEVE A VENCER 2-0 E 3-2, MAS SOFREU EMPATE NOS DESCONTOS E ACABOU POR CAIR NO PROLONGAMENTO