Record (Portugal)

O SÉRIO TORNOU TUDO FÁCIL

- ANTÓNIO MENDES VALENCIANO

VITÓRIA SEM DAR A MÍNIMA HIPÓTESE Valenciano só conseguiu um remate à baliza de Miguel Silva e já foi bem bom sair com... sete

O futebol no seu estado puro pairou em Valença, com Espanha ali ao lado e um ambiente de verdadeira festa da Taça de Portugal. No final, “o resultado é pesado mas não deixa de ser justo” e é no discurso do treinador do Valenciano que quase tudo se explica, pois mesmo derrotado desta forma severa, não saiu corado de vergonha, antes feliz e resignado à evidência dos factos que já antes do jogo pesavam na balança a favor da equipa da 1ª Liga, a jogar contra uma do distrital.

Mas o que leva ainda Pedro Lomba deste jogo? “O melhor. Foi uma festa incrível e quero agradecer aos adeptos do Vitória que nos proporcion­aram uma tarde única nas nossas vidas. Adorámos a for-

ma como nos trataram porque nos fizeram sentir ao nível deles”, juntou o técnico do Valenciano. O que mais se pode acrescenta­r quando tudo acaba assim, com um treinador a agradecer ao adversário que o derrotou sem apelo. O Vitória, em suma, foi sério, encarou tudo num plano bem profission­al e, claro, ganhou de goleada, deixando uma imagem bonita na bela Valença. Foram sete, mas até podiam ter sido bem mais e aqui só fica o amargo de um golo de honra que aqueles bravos rapazes da equipa da casa bem mereciam. Em abono da verdade, também só por uma vez, no único remate que conseguira­m, estiveram perto, mas Miguel Silva não facilitou e parecia um felino a negar a festa aos locais. No resto, foi a contagem dos golos e os belos movimentos de Tyler Boyd, a maior figura da goleada, sendo que Estupiñán ainda veio a tempo de colorir a sua estreia na época com dois golos de rajada. Tudo isto, acrescente-se, vale o que vale frente a um adversário que aos 60’ já estava literalmen­te de rastos, mas manteve-se firme e hirto, de cabeça erguida e a acrescenta­r mérito ao grande jogo do Vitória e à grande demonstraç­ão de desportivi­smo dos seus adeptos. O ambiente foi mesmo de festa da Taça e durante todo o jogo, ali no relvado sintético ao lado, houve sempre outra equipa a jogar: a dos miúdos do Valenciano, indiferent­es ao jogo, mas a dar razão ao futebol no seu estado puro! *

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