Record (Portugal)

C HEMA MARTÍNEZ

- FÁBIO LIMA

Chema Martínez aceitou o pedido de Record e dá dicas a quem vai correr a Maratona do Porto

Afrase que dá o título a esta página dá também nome ao livro do espanhol Chema Martínez, um dos mais bem-sucedidos atletas do país vizinho, mas é também um lema de vida que o guia na busca dos seus objetivos. É também algo que o próprio espera que motive todos aqueles que tencionam fazer algo de diferente na vida, seja desportiva ou pessoal. Com esse mote, decidimos desafiar o espanhol a partilhar connosco as dicas que tem para quem se vai aventurar na Maratona do Porto, dentro de duas semanas, algo a que Chemita acedeu prontament­e. Primeiro do que tudo, explica, é necessário que o atleta tenha uma uma preparação prévia. “Não pode ser do dia para a noite. Sendo um objetivo tão duro, podemos fracassar se não estivermos preparados”, começa por alertar o espanhol, que considera importante a definição de um objetivo realista. “Há pais de família, que trabalham, que têm vidas ocupadas e acabam por fixar objetivos que não são reais. Devemdefin­ir um objetivo de acordo com a sua preparação, com o tempo que dedicam ao treino e ao estado de forma. Há que ser honesto, para que o objetivo será realizável”, sublinha o atleta que faz amanhã 47 anos.

Depois, explica, é necessário ter um trabalho específico, que defende ser ideal com um máximo de dez semanas: “A preparação costuma ser o mais complicado e se encurtarmo­s essa fase, mentalment­e chegaremos mais preparados.” E quando vier o dia da prova... nada de invenções. “Que seja um dia normal. Não devemos fazer experiênci­as nem olhar para as marcas dos outros. Nesse dia temos de fazer aquilo que fizemos durante os meses prévios”, recorda.

Umavidadea­tleta

Mesmo já retirado da competição a nível profission­al, o espanhol continua a viver bastante ligado ao mundo da corrida, com provas e mais provas e uma vida que continua a ser à imagem de umatleta profission­al. Para isso, não descura aquilo que apelida de “treino invisível”, com tratamento­s de frio e quente, assim como fisioterap­ia, descanso, uma correta hidratação e também uma boa alimentaçã­o.

Neste último aspeto, Chema confessa que enquanto profission­al o seu dia a dia era bastante restrito, mas que agora vive uma “vida normal”. Faz normalment­e cinco refeições ao dia, tendo como ponto comum em todas elas a fruta - um dos seus maiores vícios.

“De manhã, antes de treinar, tomo um café e, dependendo do treino, como ovos mexidos (para treinos de força) e/ou uma torrada de pão integral e azeite e mel. Após o treino bebo um ‘recovery’”, revela. “Almoço normalment­e, com fruta como sobremesa e, a meio da tarde, volto a comer mais fruta antes de novo treino. À noite, janto também de forma normal. Emgeral, a minha alimentaçã­o tem uma elevada percentage­m de hidratos de carbono, porque preciso deles e os queimo nos treinos”, explica.

E como pessoa normal que diz ser, Chema não diz que não a um palmier de chocolate. “Não o fazia antes, quando era profission­al, mas agora uso como um prémio quando treino bem, quando me porto bem. É dos doces que mais gosto. Mas só como de forma pontual”, conclui. *

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QUATRO CONSELHOS PARA ENCARAR UMA MARATONA

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