TUDO PELA VITÓRIA
Rui Vitória dá a receita para guiar a águia na soma de mais três pontos e uma boa dose de ‘matreirice’ ganha relevo
RUI VITÓRIA “Não há estratégias para levar um pontinho” ANDRÉ ALMEIDA “Não assinamos qualquer empate” VAN HOOIJDONK “Se o Benfica esperar atrás, vai ter muitos problemas”
O carrossel ofensivo deste Ajax acabou por dominar boa parte da antevisão de Rui Vitória ao embate de hoje. O técnico de 48 anos reconhece o poderio holandês, mas não deixa de frisar as armas benfiquistas, que hoje à noite terão de estar bem oleadas. Resumindo, o ribatejano quer ver uma águia com cabeça para saber gerir os diferentes momentos do jogo; ambição de querer vencer desde o primeiro minuto; e caráter para travar e bater o clube de Amesterdão. Por isso, declina a tese de um Benfica a jogar no erro do adversário. “Queremos sempre impor a nossa forma de jogar. O Ajax tem uma dinâmica muito interessante ofensivamente e nós teremos de ser fortes nos vários momentos do jogo. Temos de saber em que zonas defender, de que forma bloquearemos os espaços; saber que não podemos perder facil- mente a bola quando a temos, e depois temos de apostar na nossa velocidade. E ainda há a importância das bolas paradas. No fundo, temos de ser muito completos. Vamos ter um jogo interessantíssimo de seguir”, dispara, escalpelizando a receita: “Teremos de ser uma equipa muito concentrada. Teremos momentos em que vamos complicar a construção do Ajax, e outros em que vamos jogar mais baixo. E das duas formas podemos causar problemas ao Ajax. A nossa identidade é para lançar em qualquer campo. [...] Há a exigência mental de um jogo da Liga dos Campeões e também a dificuldade do adversário. E isso pode ser importante neste jogo.” Sublinhando a “personalidade e ambição” da equipa, Vitória destacou a tal ‘matreirice’ necessária na Champions. “Temos de saber que um pormenor faz a diferença, a astúcia, a perspicácia com que estamos no jogo, também pode fazer toda a diferença”, vincou, insistindo que os encarnados estão prontos para travar os holandeses. “Temos a consciência de que o Ajax, do ponto de vista ofensivo, tem várias virtudes e dinâmicas interessantes, mas não vale a pena alterarmos a nossa forma de trabalhar. Temos de olhar para o adversário, observar essas dinâmicas e estar prontos para elas. Temos jogadores de qualidade, com uma vivência grande nestes momentos, e isso faz diferença”, analisou.
No meio-campo, explicou, poderá muito bem estar a chave para a vitória. “Na zona central do campo decidem-se muitos jogos, apesar de haver depois normalmente um avançado que define. Esses duelos, quase de pares, vão ser importantes. Mas é importante conhecer as dinâmicas dos alas e dos laterais no jogo interior e exterior. A solução é bloquear determinados passes e jogadores e travar algumas dinâmicas. E depois sermos nós a tentar meter a bola em determinadas zonas em