Record (Portugal)

Sarri foi grande mas Mourinho foi enorme

- HORA DO CHÁ Eládio Paramés

No jogo grande da jornada, o Manchester United foi a Londres arrancar um empate que soube a pouco, tamanha a superiorid­ade manifestad­a sobre o Chelsea. Por isso, Mourinho não ficou satisfeito, ao contrário de Sarri, que ainda hoje continua a fumar um dos seus charutos, comemorand­o a sorte que teve.

O jogo veio mais umavez demonstrar que Mou tinha razão quando pediu a contrataçã­o de dois centrais – um melhor na construção e outro melhor nos duelos aéreos; um muito rápido e outro apenas rápido, o que lhe permitiria jogar alto, sair a jogar detrás, ser dominador no espaço profundo. Mourinho, ao que sei, queria na época anterior Rüdiger e Perisic e nesta Godín e Willian. Mas o clube, que hoje vale na bolsa mais de quatro biliões de libras, nem um lhe deu.

E a realidade é esta: o MU sofre muitos golos, golos que as equipas de Mou nunca sofreram, e perde pontos. Pontos que não merece desperdiça­r, pois na sua função de treinador não perde duelos táticos, como ainda se viu no sábado diante do ‘mago’ italiano. E a pergunta que fica é: com outro investimen­to não estaria o United a lutar pelo título? Acredito que sim! Mas como quem quer vender o clube não investe, desinveste… A ver vamos se sempre se concretiza o negócio USA-Arábia Saudita e se não veremos o clube mudar de donos.

O jogo terminou com umincident­e, criado por um adjunto de Sarri, que provocou Mourinho. Foi lamentável, mas há que dizer que Sarri foi grande, quando publicamen­te criticou o seu assistente. E Mourinho foi enorme, ao desculpar o prevaricad­or e até a defendê-lo, assumindo mesmo que ele próprio também já tinha errado. Ou seja, quando o futebol é gerido por homens do futebol, tudo se torna fácil. Mas quando se intrometem uns senhores de fato e gravata… aparecem processos ridículos, como aqueles em que a FA é fértil.

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