Record (Portugal)

Benfica: méritos e desatinos

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Imediatame­nte após Vieira ter anunciado que no Benfica da próxima época estarão Jota, Ferro, Florentino e, possivelme­nte, Willock, Rui Vitória convocou os dois primeiros para o jogo com o Sertanense. E ainda lhes acrescento­u o lateral-esquerdo Pedro Amaral, num confronto em que Gedson fez um golão, João Félix entrou e Jota se estreou, ajudando este trio, bem como Svilar e Alfa Semedo, a uma média final de idades de 22 anos. É uma situação que justifica várias reflexões. Aprimeira é que a formação e o scoutingdo Benfica estão a trabalhar como poucos o fazem no Mundo. Mas se isso só pode ser reflexo de uma aposta consciente e meritória nas estruturas e no pessoal qualificad­o, ainda causa maior estranheza como é que, ao mesmo tempo, o Benfica (ou alguém ligado ao Benfica) pode ter andado preocupado a tentar controlar os aparelhos da disciplina, da arbitragem, da comunicaçã­o social e não sei mais do quê. E, como bem reclama António Simões, porque não se distancia suficiente­mente de quem é tido por se relacionar com as ‘toupeiras’ e com o comentário ‘cartilhado’ e sem vergonha. Bem melhor teria sido confiar apenas no talento que brota do Seixal. Asegunda observação é que Vieira e Vitória parecem continuar a entender-se até por sinais de fumo. Mas esta relação em que o técnico funciona como o Chefde cozinha que gere até o tempo de o prato sair para a sala só será mesmo vindoira se o Benfica receber, claro, as estrelas dos títulos. Caso contrário haverá sempre quem recorde (mesmo que injustamen­te), por exemplo, que Svilar foi lançado cedo de mais, que Jovic e André Horta não foram aproveitad­os e Clésio e Pedro Pereira foram excentrici­dades escusadas…

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