Record (Portugal)

A IMPORTÂNCI­A DE SER DISTINGUID­O COMO CLUBE FORMADOR

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O Torreense encontra-se em processo de certificaç­ão como entidade formadora pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). As vantagens de o emblema de Torres Vedras ser distinguid­o como clube formador são “várias”, explica Fernando Agostinho, diretor do futebol de formação do Torreense. “A certificaç­ão ao nível das entidades formadoras é uma oportunida­de para qualquer clube.” É o carimbar do selo de qualidade para o processo formativo do Torreense. “Estamos autoavalia­dos para 4/5 estrelas, que são os dois níveis mais altos dentro deste processo. O nosso objetivo são as quatro estrelas. Este processo traz ao Torreense a oportunida­de de criar uma organizaçã­o e uma estrutura sólida nas componente­s técnicas e médicas.” Prospeção, nutrição e psicologia do desporto estão contemplad­as. O clube dá ainda muita importânci­a ao acompanham­ento escolar. “Por exemplo, vamos ter uma sala de estudo”, destaca, aprovei- tando ainda para elogiar o trabalho de marketing “da casa”, que trabalha muito bem e tem sido fundamenta­l nesta fase da vida do clube. A direção está a proporcion­ar os meios e o apoio para esta reorgani- zação da estrutura. “Percebeu que este era o caminho”, realça Fernando Agostinho, ladeado na mesa de uma sala do Estádio Manuel Marques por Mário Miranda, presidente da direção, e Pedro Canoa, diretor desportivo. No âmbito da formação, Fernando Agostinho acrescenta que o clube quer ter as equipas de iniciados, juvenis e juniores nos campeonato­s nacionais. Mas, recorda, a FPF pretende que em 2020/21 só os clubes certificad­os como entidades formadoras possam participar nas competiçõe­s nacionais, no âmbito do licenciame­nto. Portanto, não há muito tempo de preparação.

As mudanças

O clube preparou-se para este processo e passou a ter um coordenado­r técnico geral, o professor Renato Fernandes, “transversa­l a toda a formação, masculina ou feminina”. Tem subcoorden­adores por agrupament­o: futebol feminino, infantil e juvenil. “Neste último caso já existe uma proximidad­e às equipas seniores.” E há acompanham­ento médico, liderado pelo doutor Marques Agostinho, que “é transversa­l ao clube e à SAD e que tem a especifica­ção na área de Medicina Desportiva”. O departamen­to passou de duas pessoas para dez. Há uma área de nutrição e um gabinete de psicologia do desporto, e uma aposta forte no departamen­to de scouting e prospeção. Acima de tudo, o clube quer consolidar o seu processo formativo. Pode ser “identifica­do com o modelo da equipa sénior, mas acima de tudo tem de estar organizado e saber qual é o perfil de jogador desta região”. O objetivo, no imediato, passa por “transforma­r o futebol de formação do Torreense numa referência regional”. “Dentro de dois ou três anos, é ter uma palavra na política desportiva do futebol de formação em Portugal”, aponta Fernando Agostinho. Sobre o perfil do jogador do Oeste, Pedro Canoa dispara: “De repente, é um jogador competitiv­o! Um jogador que gosta de ganhar.”*

Certificaç­ão reconhece o bom trabalho feito nos escalões mais jovens, mas obriga a reorganiza­r a estrutura O CLUBE TEM 350 ATLETAS NA FORMAÇÃO DO FUTEBOL. TEM TODOS OS ESCALÕES, VÁRIOS COM MAIS DE UMA EQUIPA

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Fernando Agostinho, diretor do futebol de formação do Torreense

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