MATHIEU E BAS DOST REGRESSAM
Como mudou o Sporting desde Portimão. Terá sido pelos reparos do presidente? É possível, mas com tudo a ganhar José Peseiro correspondeu
O elemento surpresa é fundamental no futebol dos nossos dias. Essa realidade também contribui, em muito, para que os treinadores se diferenciem. É verdade que ter matéria-prima para tal também é importante e maior é o efeito quando nem adversários, muito menos adeptos e críticos, desconhecem a aposta. Pois bem: o Sporting começou a ganhar este jogo com o Boavista com a equipa que José Peseiro escolheu, pois o maliano Diaby – o tal futebolista que segundo Sousa Cintra é quem mais corre em Portugal – teve importância decisiva no resultado obtido. Quando o mais natural (dentro do tal esquema em que nada se arrisca…) era o treinador leonino, face à ausência de Raphinha, apostar em Jovane Ca- bral, foi o reforço o eleito. E com ele, valha a verdade, a equipa leonina manteve a profundidade que o jovem leão sempre lhe dá, mas ganhou em estofo ofensivo e qualidade de passe. Como se pôde confirmar na jogada do 2-0, golo que deu a merecida tranquilidade à equipa leonina e refletia no marcador aquela que, em nosso entender, foi até esta altura a melhor atuação da época.
Terá crescido assim tanto o Sporting desde o desaire em Portimão até à noite de ontem? Três aspetos sustentam esta ideia: José Peseiro não ter medo de correr o risco de lançar Diaby - o maliano mostrou identificação perfeita com a forma de jogar da equipa, entendeu-se muito bem com Montero e Bruno Gaspar e criou condições para que os axadrezados se ‘esquecessem’ um pouco de Nani; sem que isso possa ser entendido como o ‘crucificar’ de André Pinto, a solidez de Mathieu, mas muito particularmente a sua saída de bola (começou no seu pé esquerdo lance do golo inaugural) fizeram os leões regressar a um modelo já conhecido e com algum sucesso; Frederico Varandas não se tem furtado às palavras e tem feito críticas quanto à menor qualidade do leão antes do Boavista, com razão – se esses re- paros tiveram efeito na equipa, ninguém pode garantir a 100 por cento, mas foram capazes de ter ajudado.
Nani determinante
Melhorou o Sporting, sim, também porque o Boavista quis ser atrevido mas não foi capaz e quando entrou Rafa Costa para jogar olhos nos olhos com o leão… o xadrez (ontem laranja) Boavista acabou para o jogo. E pode o Sporting olhar para o título? Deve olhar, pois o seu prestígio a isso o obriga e num fim de semana em que dois candidatos vacilaram respondeu com excelente desempenho. No entanto, como já