Sem reforços
À exceção de Vlachodimos, o Benfica 2018/19 não conta com qualquer reforço entre os habituais titulares. A equipa que, na época anterior, conquistou apenas a Supertaça, não conheceu melhorias, até porque saiu Jiménez, o verdadeiro Jonas ainda não apareceu e Krovinovic continua ausente dos relvados. Às saídas e aos lesionados de longa duração junta-se o mau momento de André Almeida e Fejsa, as contínuas desconcentrações de Grimaldo e a subutilização de Salvio, substituído precocemente ou relegado para o banco de suplentes.
...e com mais forte concorrência
O cenário piorou para o Benfica, tendo em conta a força dos rivais. Sporting à parte, ainda a colar os cacos da gestão de Bruno de Carvalho e já com as precipitações de Frederico Varandas em mãos, o tradicional FC Porto e o surpreendente Sp. Braga estão melhor. Os dragões, muito mais camaleónicos em termos táticos (utilizam a seu bel-prazer o 4x4x2 ou o 4x3x3), parecem ter soluções para quase tudo. Os guerreiros do Minho, já sem a erosão das competições europeias, mostram também uma interessante gama de opções, que garante coesão defensiva, dinâmica a meio-campo e eficácia no ataque.
...muito dificilmente se ganham campeonatos
Se a derrota com o Belenenses pode ser explicada ( apenas em parte, claro está) pela chuva de golos perdidos, o desaire caseiro frente ao Moreirense é tão-só o emergir de todas estas lacunas que o Benfica teve o mérito de até aqui conseguir mascarar. E o principal erro prende-se com a construção do plantel. Enquanto o FC Porto, por exemplo, contratou Éder Militão, tão fiável a central como a lateral-direito, e se dá ao luxo de prescindir de Herrera e Sérgio Oliveira, o Benfica preferiu Conti, Lema e Gabriel. Assim não se ganham campeonatos.