Record (Portugal)

MIGUEL OLIVEIRA VICE-CAMPEÃO

FEZ O 11 11º º PÓDIO NA PENÚLTIMA CORRIDA

- DIOGO JESUS

Português em 2.º lugar no GP Malásia, não consegue evitar o título mundial de Bagnaia

Miguel Oliveira estava praticamen­te obrigado a ganhar o GP Malásia e esperar um mau desempenho de Francesco Bagnaia – precisava de recuperar pelo menos 12 pontos – para ainda sonhar com a conquista do título de Moto2, mas o máximo que o piloto português conseguiu fazer no circuito de Sepang foi o 2º lugar, permitindo que o italiano festejasse o título da classe intermédia. Quando fica a faltar apenas o GP Valência para concluir a temporada, Oliveira volta a ser vice-campeão mundial, tal como tinha acontecido em 2015, em Moto3. “Estou orgulhoso da época que fiz, a equipa fez um excelente trabalho com a nossa moto, retirámos todo o suco que a moto tinha para dar e foi uma temporada constante, com 11 pódios em 18 possíveis, e com uma corrida por disputar. Foi logicament­e uma temporada muito boa, muito positiva. Não foi bastante para lutar pelo título, mas estou muito orgulhoso por todo o trabalho que fiz com esta moto tão jovem. Embora não tenha vencido o campeonato, fica claro que sou um dos melhores pilotos que passou neste campeonato Moto2”, analisou o português, que saiu da 7ª posição da grelha de partida e se colou rapidament­e à frente da corrida. Com a necessidad­e de colocar pilotos entre si e o líder do campeonato, sabia-se que o jogo de equipa seria fundamenta­l para a decisão, mas o sul-africano Brad Binder, colega de Miguel Oliveira na KTM, esteve uns furos abaixo do que fez na prova anterior, na Austrália, que venceu.

Em sentido contrário, a Sky manteve a sua estrutura afinada e Luca Marini resistiu com unhas e

PILOTO DE ALMADA ESTAVA OBRIGADO A RECUPERAR 12 PONTOS AO ITALIANO PARA ADIAR A DECISÃO

dentes aos ataques do português, sobretudo a partir do momento em que este saltou para o segundo lugar, a 12 voltas do fim, quando ultrapasso­u finalmente Bagnaia. O piloto da Charneca da Caparica chegou a estar a 0,185 segundos da liderança, mas o irmão de Valentino Rossi nunca desarmou. A bandeirada de xadrez chegou com Miguel Oliveira na segunda posição, a 1,194 segundos de Marini, e Francesco Bagnaia em terceiro, a 3,020 segundos do vencedor, assegurand­o já o título mundial. O derradeiro Grande Prémio da época realiza-se no próximo dia 18 em Valência. Depois seguem-se os primeiros testes de MotoGP para Miguel Oliveira, que na próxima temporada faz a sua estreia na categoria rainha.

Em Moto3 também já há campeão. O espanhol Jorge Martín assegurou o título mundial aos 20 anos. O piloto da Gresini Honda deixou Lorenzo della Porta a 3,556 segundos. Foi o 600.º triunfo de um piloto oriundo de Espanha no campeonato. A Itália lidera com 802 vitórias no Mundial.

“FOI UM TÍTULO MUITO COMPLICADO PORQUE O MIGUEL OLIVEIRA ESTEVE CONSTANTE TODO O ANO” F. BAGNAIA, campeão de Moto2 “ESTOU ORGULHOSO POR TODO O TRABALHO QUE FIZ DURANTE O ANO, APESAR DE NÃO TER GANHO” M. OLIVEIRA, vice-campeão de Moto2 “NÃO HÁ PALAVRAS! DEDICO ESTE TÍTULO À MINHA EQUIPA E FAMÍLIA. SOMOS HUMILDES E LUTÁMOS MUITO” JORGE MARTÍN, campeão de Moto3

 ??  ??
 ??  ?? INTENSO. Miguel Oliveira tenta ultrapassa­r Luca Marini na Malásia
INTENSO. Miguel Oliveira tenta ultrapassa­r Luca Marini na Malásia

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal