FÚRIA ESPANHOLA
A FIGURA
Em noite que só a vitória interessava para manter viva a esperança dos ‘oitavos’, Grimaldo e Fejsa deram o exemplo mas só foram acompanhados pela eficácia de Jonas e o acerto de Gabriel na segunda metade
Pareceu ler mal o lance do golo do Ajax, pois teve tempo para sair mais cedo dos postes. No entanto, não se lhe pode atribuir a culpa e fez duas defesas de registo, uma delas enorme, a tiro de Schöne.
Muito curto no apoio ofensivo, deu mais espaços do que o habitual lá atrás, sentindo dificuldades até em lances simples.
Borrou a pintura ao ser batido duas vezes pelo sérvio no lance do golo: primeiro em velocidade, depois na tentativa de corte.
Procurou não dar um milímetro aos adversários e esteve quase sempre bem na antecipação.
Enorme na destruição de jogo e nas dobras, muito também pelo apagamento de Gedson.
Desinspirado, falhou muitos passes nas transições ofensivas e a defender também não emprestou o músculo necessário. Tivesse ontem Rui Vitória mais um par de elementos com a rotação de Grimaldo e dificilmente a águia perdia pontos. Sempre aguerrido, o espanhol foi um constante dínamo ofensivo e contagiou a equipa com o seu fulgor, testando também ele Onana. Teve no pé a possibilidade de sair da Luz em ombros, mas Onana foi superior no último disparo do jogo. Na 2ª metade, libertou-se mais da preocupação com De Jong e, agressivo, foi um dos melhores encarnados nesse período.
Longe de ser brilhante, não deixou de ter um par de ações importantes, tendo assistido Jonas com um... lançamento lateral.
Obrigou Onana a uma defesa apertada, mas pouco mais se consegue ‘espremer’ da sua atuação.
Voltou a mostrar que não precisa de tentar muito para fazer mossa. À segunda, não perdoou e, com o faro do costume, capitalizou o erro de Onana.
Mexeu com o jogo e ainda viu Onana negar-lhe a festa.
Na única chance que teve, rematou quase à figura.
Nada mudou.