Descontrolo
Do lado oposto, o trabalho de pormenor notou- se precisamente na qualidade do ‘pressing’ e no ‘timing’ para o fazer. O Ajax, mesmo saindo em inferioridade numérica à construção dos encarnados, garantiu controlo sobre os quatro defesas do Benfica graças ao posicionamento dos três homens da frente. Colocou extremos entre os laterais e os centrais e o avançado a controlar e a cortar a linha de passe entre centrais. Com tal opção, condicio- nou o início de cada ataque da equipa de Rui Vitória. [2]
Asopções relativas ao ‘pressing’ de ambas as formações foram a causa principal de um jogo de repelões, de sucessivos erros e pouco controlo. Um jogo propício a que um pormenor tivesse ainda maior impacto no resultado. E, se no primeiro tempo, a aleatoriedade própria do jogo caiu para o lado encarnado, com a felicidade a chegar num lance de bola parada com um erro de Onana, no se- gundo período, outro erro do guarda-redes Vlachodimos, que se posicionou demasiado próximo da sua própria baliza, num lance em que a altura da linha defensiva encarnada pedia um posicionamento mais ‘agressivo’ e próximo dos seus centrais, trouxe o empate. [ 3]
Até ao final da partida, houve descontrolo sem bola e poucas ligações com esta, num jogo de muito coração e pouca racionalidade.