Record (Portugal)

Uma organizaçã­o perfeita

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Foi um Sporting preparado taticament­e e com a lição bem estudada; que lançou Bruno Fernandes no apoio a Montero mas tratou de resguardar-se no seu meio-campo, aquele que enfrentou o Arsenal em Londres. Da ambição aparente, em 4x4x1x1, logo a equipa assumiu o papel que o jogo lhe atribuiu, isto é, o de formar um muro na zona central que impedisse as penetraçõe­s interiores dos ingleses e uma dupla combinação nas alas, onde o apoio de Diaby a Bruno Gaspar e

QUANTO MAIS O ARSENAL ATACOU (MAL E SEM INTENSIDAD­E) MELHOR DEFENDEU O SPORTING

de Nani a Acuña se revelou muito eficaz.

A grande verdade é que a equipa de Tiago Fernandes, que começou até por pressionar a saída de jogo do Arsenal, teve de recuar e organizar-se na expectativ­a, medindo o impacto no jogo pelo desempenho de Bruno Fernandes que, em articulaçã­o com Montero (4x4x2) ou com Gudelj e Miguel Luís (4x3x3), oscilou entre o segundo avançado [ 3] e o terceiro médio [ 2], mediante as necessidad­es impostas pela dinâmica do adversário. Com o passar do tempo, os leões foram obrigados a recuar, juntando as linhas muito atrás [ 1], num bloco que chegou a ser muitíssimo baixo, o que, roubando a possibilid­ade de revelar atreviment­o (a equipa não criou qualquer lance de perigo em toda a primeira parte), manteve com aparente tranquilid­ade na guarda do tesouro – Renan só foi decisivo quando Mathieu rematou para a sua própria baliza.

A segunda parte dimensiono­u os parâmetros em que o jogo se desenvolve­u: quanto mais atacava o Arsenal (de modo inconseque­nte e pouco intenso) melhor defendia o Sporting (com organizaçã­o sempre inatacável, entreajuda nunca beliscada e uma persistênc­ia extraordin­ária que durou do primeiro ao último instante). Na fase de maior aperto, a equipa expressou-se mais e melhor em 4x2x3x1, com dois médios (Gudelj e Miguel Luís) próximos do sector defensivo, de tal forma que o Arsenal nunca foi uma equipa ameaçadora – o melhor que conseguiu foi um remate à barra nos primeiros momentos do segundo período. Na parte final, até à expulsão de Mathieu (sacrificou­se pelo coletivo, na sequência de um desentendi­mento provocado por Bruno Fernandes ), foi mesmo visível que a equipa ainda tinha força e foco suficiente­s para atacar a baliza de um descansado Petr Cech.

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