SONHO AMERICANO CADA VEZ MAIS PERTO
LÍDERES DO RANKING TIVERAM DE SUAR Melhores do Mundo só bateram as guerreiras portuguesas à custa de um ressalto
Entre os Estados Unidos, a maior potência de futebol feminino mundial, e Portugal a diferença esteve num... ressalto. A Seleção Nacional sofreu, claro, mas nunca teve medo e chegou mesmo a sonhar com um resultado que não a derrota. Durante a primeira parte, o domínio norte-americano foi evidente na posse de bola, mas pouco mais. É que a organização da Seleção Nacional falou quase sempre mais alto e até ameaçou aquilo que à partida era impensável. Para que se tenha noção, a pri-
JESSICA MCDONALD RESOLVEU PERTO DO FIM DA PRIMEIRA PARTE, MAS EQUIPA DAS QUINAS DEIXOU BELA IMAGEM
meira grande oportunidade das campeãs do Mundo chegou aos 34 minutos, quando McDonald falhou com a baliza escancarada. Parecia que as norte-americanas estavam a crescer, mas eis que Portugal ficou ainda com mais razões para acreditar na surpresa. Jéssica Silva tentava abrir a lâmpada de génio com virtuosismo e viu um remate perigoso ser cortado por Sauerbunn (39’), antes de um canto provocar ‘bruaá’: Dolores Silva bateu e Vanessa Marques cabeceou centímetros ao lado. O sonho americano ali tão perto! O pior chegou num abrir e fe- char de olhos. Dunn aproveitou um rasgão na defesa portuguesa e cruzou para McDonald, que ainda viu Patrícia fazer uma enorme defesa, antes de a tentativa de alívio de Sílvia Rebelo ressaltar na mesma McDonald para o fundo das redes. Forma inglória de cair... A lógica até podia ditar a goleada dos Estados Unidos, que chegaram às 500 vitórias, na 2ª parte. Nada disso! É certo que começou a haver mais trabalho, até porque as estrelas Alex Morgan e Carli Lloyd saltaram do banco para dar mais dores de cabeça. Morgan entrou cheia de vontade, obrigou Patrícia a uma série de defesas e ainda atirou ao poste, mas Portugal simplesmente não quebrava de vez. O problema é que nunca houve arte nem engenho das quinas para ir em busca do empate. Jéssica tentava, é verdade, mas o poderio norte-americano não permitia grandes ocasiões. Ainda assim, fica mais uma prova de que o futebol feminino português veio para ficar e não tem medo de olhar as potências bem nos olhos. *